Você acha que taxidermia é só empalhar animais? Pense de novo. Desde os dias de William Hornaday e Carl Akeley , a taxidermia tem sido uma arte científica: ela requer que os praticantes não somente tirem medidas exatas, fotos e façam desenhos dos animais que eles gostariam de montar, mas que eles estudem a anatomia de tais animais - tudo pelo propósito de criar um espécime que é fidedigno ao na vida real. Confira na matéria a seguir 10 coisas que você provavelmente não sabia sobre a arte da taxidermia:
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1. Taxidermia
O termo, que deriva da palavra grega "taxis", ou arranjo e "derma", ou pele, foi utilizado pela primeira vez por Louis Dufresne do Museu Nacional de História Natural em Paris, França. Ele escreveu sobre isso no ano de 1803 no livro Nouveau dictionnaire d’histoire naturelle.
2. Século XIX
Marca o começo da taxidermia, na Inglaterra. Uma crescente demanda por couro fez com que o trabalho de transformar a pele animal em couro preservado se tornasse comum, e isso fez com que a preservação de espécies catalogada por naturalistas fosse possível. Vitorianos muitas vezes antropomorfizavam seus animais empalhados, vestindo-os com roupas, por exemplo. Eles também eram obcecados com animais que eram considerados "curiosidades": criaturas deformadas com uma cabeça ou uma perna extra.
3. Charles Darwin
Foi um dos primeiros proponentes da taxidermia, assim como o Capitão James Cook, que levou a primeira pele de canguru para Londres no ano de 1771. Darwin não teria permissão de viajar como um naturalista no HMS Beagle sem a habilidade da taxidermia. Ele aprendeu a empalhar animais com um escravo guianês liberto.
4. Serragem e trapos
Enchiam os primeiros animais empalhados sem nenhum cuidado com a anatomia deles, entõ os modelos normalmente ficavam desfigurados. Na verdade, animais empalhados daquela época distorceram a forma como nós enxergamos e imaginamos criaturas extintas como o dodo por anos. Hoje, taxidermistas podem comprar um manequim - que eles podem esculpir para atingir a posição que eles procuram, e depois eles esticam e costuram a pele sobre esse manequim - ou criam o seu próprio manequim usando métodos antigos, como o processo da era Vitorians de moldar o formato do corpo com cordas.
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5. Ornitorrinco
Quando o Capitão John Hunter mandou o primeiro couro e desenho de um ornitorrinco para a Inglaterra no ano de 1798, muitos assumiram que era uma pegadinha - que alguém havia costurado um bico de pato ao couro de um castor. George Shaw, autor do livro The Naturalist's Miscellany: Or, Coloured Figures Of Natural Objects; Drawn and Described Immediately From Nature pegou uma tesoura para cortar a pele e procurar por pontos.
6. 1880
É o ano que marca a primeira competição de taxidermia dos Estados Unidos. O prêmio máximo foi concedido ao taxidermista William Hornaday, que retratou dois oragontagos machos brigando por uma fêmea. A cena, que estava cientificamente correta, mudou o propósito da taxidermia - ela inspirou outros taxidermistas a procurar por precisão em seus trabalhos também.
7. Arsênico
Foi um dos primeiros preservativos da taxidermia. Naqueles dias, a competição era acirrada, então os métodos de preservação diferiam de taxidermista para taxidermista, e eram guardados a sete chaves - alguns até morreram sem nunca revelar os seus segredos.
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8. Réplica
Na taxidermia, um espécime é uma réplica exata do animal como ele era na natureza; um exemplo de troféu é uma cabeça de veado como decoração em uma parede.
9. Re-criações
Competições de taxidermia incluem uma categoria chamada "re-criações", na qual taxidermistas tentam criar um animal sem usar nenhuma de suas partes de verdade - fazer uma águia com penas de peru, por exemplo, ou criar um panda realístico usando pele de outro urso, ou até mesmo recriar espécies extintas baseados em dados científicos.
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10. Rinoceronte
Quando o rinoceronte que pertencia ao Louis XIV e Louis XV foi morto por um revolucionário no ano de 1793, sua pele foi preservada. Naquele tempo, foi o maior animal a passar por um processo de taxidermia moderno. A pele ainda pode ser vista no Museu Nacional de História Natural em Paris, França, seus ossos também podem ser vistos no museu separadamente.