A maioria das pessoas se derretem quando veem um cachorro fofinho brincando ou tentando chamar atenção, amam segurá-los no colo e fazer carinho. Mas existem exceções a essas regras, são as pessoas que sofrem com cinofobia, o medo de cachorros incontrolável. Visto também como uma fobia, o problema é, muitas vezes, considerado como uma "bobagem" ou "frescura".
Bia Bradley sofre com a cinofobia desde a infância e já aprendeu a conviver com pessoas que têm esse tipo de opinião. "Sinto pânico, não tem outra palavra. Eu faço o que for preciso para o cachorro não encostar em mim, inclusive já passei muita vergonha por conta disso. Dizem que até minha fisionomia muda quando um cachorro está por perto. Muita gente respeita isso, mas muita gente acha que é frescura, hoje eu não ligo mais para quem acha isso, aprendi a conviver".
Motivos da cinofobia
Não há uma explicação definida, o fato de saber que o cachorro pode morder e machucar já faz com que a pessoa fique nervosa e não se sinta bem quando tem um por perto. Geralmente essa fobia surge depois de algum trauma, como por exemplo, um ataque sofrido pela própria pessoa ou por um conhecido. Mas as situações podem variar muito.
O caso de Bia, por exemplo, é diferente. "Não sei de onde vem meu medo e nem me lembro de ter sofrido algum trauma nem nada, mas desde que me conheço por gente tenho medo de cachorro. Minha lembrança é sempre estar no colo do meu pai ou da minha mãe quando um cachorro estava por perto", conta ela.
Sintomas da cinofobia
Quem sofre com a cinofobia possui sintomas muito parecidos com quem tem medo de aranha ou cobra e se depara com o animal, por exemplo. A primeira reação é de defesa, tentando ficar o mais longe possível do cachorro, podendo haver uma paralização repentina corporal devido ao desespero excessivo. Depois a boca fica seca, o coração dispara, a pessoa começa a suar e ter vontade de chorar. A pessoa pode chegar a pensar que vai perder o controle ou enlouquecer e até mesmo imaginar uma morte.
Respeito
O medo de cachorros é um problema sério, podendo gerar até situações mais sérias como o aumento da pressão, desmaio ou ataque cardíaco. Por isso é preciso respeitar quem sofre com a fobia. Todo mundo tem um medo e o fato de um grupo menor de pessoas terem medo de cães não significa que isso não é sério ou que é uma frescura.
Tratamento da cinofobia
Após o diagnóstico, o tratamento do medo de cachorros é feito de forma parecida com o de outras fobias. Com acompanhamento de um profissional da psicologia a pessoa pode descobrir a causa de sofrer com a cinofobia e passar por situações que podem ajudá-la a superar o trauma, como o contato totalmente roteirizado com cães totalmente adestrados.