O verão é uma época conhecida pelo aumento da população de mosquitos
, principalmente os que transmitem doenças como dengue, zika e chikungunya. Mas a preocupação não deve ser apenas com os humanos, já que esses insetos das famílias Aedes e Culex e do gênero Anopheles também podem transmitir uma doença para os cães
: a
difilariose
.
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Popularmente conhecida como " verme do coração ", a doença é desencadeada pelo verme Dirofilaria immitis , que é como uma lombriga e se aloja no coração e/ou na artéria pulmonar do animal. Dessa forma, a condição é considerada grave e o risco de morte é sempre alto.
Os pelos dos cães não desencorajam as picadas dos mosquitos, por isso Nathalia Saraiva dos Anjos, veterinária do Centro Veterinário Seres da Petz, explica a importância da proteção. "A prevenção mais efetiva de transmissão da dirofilariose deveria ser pelo controle dos mosquitos, mas isso é bastante complicado. O melhor então é usar coleiras à base de deltametrina (inseticida do grupo químico piretróide). Já existe também medicação que garante proteção por 12 meses."
A ausência de sintomas torna a difilariose ainda mais perigosa. Normalmente, os sinais de que algo está errado começam a aparecer quando doença já evoluiu e a quantidade de vermes está causando insuficiência cardíaca. Nesse estágio o cachorro apresenta tosse, perda de peso, letargia, coloração da língua mais escura e até distensão de abdômen por acúmulo de líquido.
Exames de sangue e de imagem são necessários para o disgnóstico correto. Quando tem a confirmação, o veterinário estabelece o tratamento mais adequado. Geralmente são utilizados medicamentos adulticidas (para matar as lavas adultas) e microfilaricidas (para evitar que novos parasitas cresçam). "Se for diagnosticada cedo, a dirofilariose pode ser tratada com sucesso", afirma Nathalia.
Por ser uma zoonose, o "verme do coração" pode ser transmitido para mamíferos em geral, mas os cães são os que mais sofrem com a doença.