Neste domingo (29) é celebrado o Dia Mundial do Coração , data voltada para a conscientização sobre prevenção e conhecimento de doenças que atingem o órgão. Mas se engana quem pensa que os problemas cardíacos estão mais comuns apenas nos humanos, é preciso se atentar também aos animais de estimação

As doenças cardíacas atingem mais os cachorros idosos
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As doenças cardíacas atingem mais os cachorros idosos


Atualmente, cerca de 10% dos cães atendidos em clínicas e hospitais veterinários sofrem de alguma alteração cardíaca . Tal estatística pode subir para 35% quando se trata de cachorros acima dos 13 anos de idade - sendo que, de acordo com o  veterinário Thomas Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP,   85% deles têm degeneração das válvulas cardíacas. 

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"Existem diversas causas que levam a um mau funcionamento do coração dos cães. As duas doenças mais frequentes são a Doença Valvar Crônica (DVC) e a Cardiomiopatia Dilatada (CMD). Ambas não têm cura, mas o paciente pode se beneficiar muito com o tratamento clínico, que confere alívio dos sintomas e qualidade de vida, especialmente se a doença for identificada no início", afirma a veterinária Gabriela Rosa, Gerente Técnica para Animais de Companhia da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.

Mas, como saber se o animal sofre de alguma doença cardíaca? Lilian Petrus, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV), explica que mudanças repentinas de comportamento dos cães, como intolerância aos exercícios, cansaço, tosse que parece um engasgo, respiração ofegante até em repouso, falta de ar e desmaio, podem indicar algum tipo de problema no coração. 

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Apesar das doenças atingirem todos os tipos de cães, os  idosos estão mais propensos. Quando se trata de exemplares das raças poodle, maltês, lhasa apso, yorkshire terrier, shih tzu, cocker spaniel, boxer, labrador e dobermann a atenção deve ser redobrada, já que possuem um caráter hereditário para problemas de coração. Assim, realizar check-ups periódicos com um médico veterinário é imprescindível, principalmente após os sete anos de vida do pet. 

Maria Cristina Timponi, presidente da Comissão de Entidades Veterinárias Regionais do CRMV-SP, explica que quanto mais cedo for o diagnóstico, maior longevidade e qualidade de vida o pet terá. O tratamento será feito de acordo com o estágio da doença, sendo que em alguns casos a administração de medicamentos não é imediata, sendo recomendado apenas acompanhamento do quadro clínico. 

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