Os cães estão vivendo cada vez mais tempo e o resultado disso é o aumento no número de diagnósticos de cachorros com problemas cardíacos , algo comum em cães idosos. Essas cardiopatias afetam diretamente a qualidade de vida dos pets e devem ter uma atenção especial dos tutores.
Enquanto que para os humanos a obesidade, o sedentarismo, a genética e os hábitos alimentares são determinantes no desenvolvimento de cardiopatias , em cães o aparecimento dessas doenças tem uma forte relação com a genética e com o avanço da idade. Então, como deve ser a dieta do cachorro com problemas cardíacos?
A alimentação deve ser apropriada para a doença diagnosticada, mas, ao contrário do que acontece com os humanos, o indicado para os cachorros cardiopatas é um cardápio rico em proteínas e gordura, já que o animal tem grandes gastos de calorias por fazer muito esforço respiratório, até para as atividades mais simples - como respirar.
A proteína animal é rica em dois elementos-chave na prevenção de certas doenças cardíacas, são eles a taurina e a carnitina. A taurina é fundamental ao coração e a ausência ou deficiência dela pode causar sérios danos ao órgão. Em raças como cocker spaniel, é comum encontrar a Cardiomiopatia dilatada e cegueira causadas pela falta de taurina. Já a gordura traz energia para o corpo.
Nesses casos a alimentação natural (AN) é uma forte aliada pois fornece nutrientes de alta qualidade e de maior valor biológico que as rações processadas, além de serem mais palatáveis e ajudar a evitar a perda de peso nos estágios avançados. Com o uso da AN também é mais fácil a redução do sódio quando necessária.
Um dado curioso, que poucos tutores sabem é que a romã é uma fruta com propriedades antioxidantes e que proporciona efeitos bastante positivos na prevenção e tratamento de cachorros com problemas cardíacos. O Journal of applied research in veterinary medicine , edição 10 - 2012 afirma que o extrato de romã, sozinho ou em combinação com outras substâncias, possui significativa atividade antioxidante e citroprotetoras para as células endoteliais caninas. Porém, é importante alertar que a o uso da romã não substitui o tratamento especializado, tampouco reverterá quadros de cardiopatia.
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Mas, para que um veterinário nutrólogo possa formular a dieta correta, como todos os nutrientes necessários para melhorar a vida do cachorro com problemas cardíacos, o diagnóstico precisa ser feito.
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Principais cardiopatias em cães
Entre as cardiopatias mais comuns dos cães estão as doenças valvares e as doenças do músculo cardíaco:
- Doença valvar crônica (DVC): comum em cães idosos e em raças pequenas, como poodle, daschund, shi-tzu, schnauzer miniatura, cavalier king charles, entre outras.
- Cardiomiopatia Dilatada (CMD): é uma doença crônica que acontece quando o músculo cardíaco se apresenta fino e enfraquecido. Acomete com mais frequência cães de raças grandes ou gigantes, como boxer, labrador, dogue alemão e dobermann.
A medida que as cardiopatias evoluem podem causar a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), que ocorre quando o coração já não é mais capaz de fornecer a quantidade necessária de sangue ao organismo, ou seja, quando perde sua capacidade de bombear o sangue.
Cães com cardiopatia que apresentam ICC necessitam receber alimentação apropriada para essa condição patológica.
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Sintomas de cachorros com problemas cardíacos
Muitos dos sintomas são encontrados em várias outras doenças, por isso a visita regular ao veterinário e o diagnóstico precoce permitem oferecer mais saúde e bem-estar para os cães. Alguns deles são:
- Língua e mucosas arroxeadas;
- Fadiga;
- Engasgos
- Tosse seca;
- Falta de ar ou respiração acelerada;
- Falta de apetite e emagrecimento rápido;
- Desmaios,
- Intolerância a exercícios.
Em geral, o coração do pet faz trabalhos extras para bombear o sangue para todo o organismo, por isso é comum se observar grande perda de peso em cães com cardiopatias em estágio avançado.
Os tratamentos de cães diagnosticados com algum tipo de problema no coração devem mudar sua rotina e alimentação e podem envolver o uso de medicamentos, mas é importante que uma alimentação adequada seja implantada, priorizando que o cão mantenha seu peso corporal ideal, evitando o excesso ou falta de peso.