Das doenças contraídas pelos animais de estimação, a raiva é uma das mais conhecidas e temidas. Atualmente está quase extinta graças aos programas de vacinação, mas não podemos deixar a preocupação de lado, principalmente porque a raiva em animais é uma zoonose. Ou seja, ela está na categoria de enfermidades que podem ser transmitidas para os seres humanos. 

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Por isso, todo cuidado é pouco quando se trata dessa patologia. Para evitar proliferação do vírus, todos os anos, no mês de agosto, acontece uma série de campanhas de vacinação contra a raiva em animais . Elas são muito importantes para o controle da doença que é mortal para os pets e humanos. Esse é o momento perfeito para os tutores que não vacinaram ainda seus bichinhos. 

Os sintomas que aparecem primeiro são as mudanças comportamentais do animal. Do nada um pet que era tranquilo, feliz e brincalhão se torna agressivo e arisco
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Os sintomas que aparecem primeiro são as mudanças comportamentais do animal. Do nada um pet que era tranquilo, feliz e brincalhão se torna agressivo e arisco

Com o intuito de conscientizar os donos, Carla Storino Bernardes, veterinária da Cobasi, explicou melhor o que é a raiva, seus sintomas e como acontece a transmissão, assim como a importância dessa e outras vacinas. 

O que é a raiva?

A raiva é uma polioencefalite viral grave, ou seja, é um vírus altamente contagioso. Os principais transmissores são os animais silvestres, como morcegos, gambás e macacos, que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental através de um ferimento, geralmente mordeduras de bichos raivosos, ou pelas membranas e mucosas (troca de secreções). 

Na grande maioria das vezes é fatal para os mamíferos, chegando a alcançar quase 100% dos casos. A doença costuma demorar até dez dias para se manifestar no animal infectado. Bichos como pássaros, lagartos e peixes, que não são mamíferos, não transmitem a raiva. 

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Os humanos são hospedeiros acidentais na cadeia infecciosa, pois convivem cada vez mais com os bichos. No caso deles, o vírus possui tropismo pelo sistema nervoso central, instalando-se no cérebro e, tendo como resultado final, uma encefalite (inflamação no cérebro). 

Sintomas da raiva em animais

Os sintomas que aparecem primeiro são as mudanças comportamentais do animal. De uma hora para a outra um pet que era tranquilo, feliz e brincalhão se torna agressivo, quieto, cansado e arisco. Esses sinais são só a ponta do iceberg, pois, segundo a veterinária, eles vão variando de acordo com o estágio progressivo da doença. 

Após o período de incubação (momento de propagação do vírus através dos nervos periféricos), que varia de 3 a 6 semanas, começam as fases da raiva . O primeiro é a prodômica, que são sintomas mais gerais, como dores de cabeça, mudanças de comportamento, febre, mal-estar e vômitos. Pode ocorrer também coceira, dor e dormência no local da mordida ou arranhadura. Esse período costuma durar apenas de 1 a 3 dias. 

Caso tenha o seu pet tenha sido contaminado, leve-o imediatamente ao veterinário para que sejam feitos os exames para confirmar a presença da doença
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Caso tenha o seu pet tenha sido contaminado, leve-o imediatamente ao veterinário para que sejam feitos os exames para confirmar a presença da doença

A segunda fase se chama encefalite, que é quando ocorre a inflamação do sistema nervoso central. O pet se torna mais agressivo, tenta morder qualquer coisa e pode até se auto atacar. A duração é de cerca de um dia. Nesse período também pode ocorrer sialorreia (salivação excessiva), desorientação e falta de apetite.

A última etapa é praticamente a morte. O animal sofrerá de convulsões generalizadas e poderá entrar em estado paralítico. Em média, esses sintomas aparecem duas semanas após o contágio e, quando eles começam, é provável que o pet morra em 48 horas. 

O que fazer se detectar sinais da raiva?

Se você detectar qualquer um dos sintomas da raiva, é importante saber o que fazer para ajudar seu bichinho ou até você mesmo. Caso o pet tenha sido contaminado, leve-o imediatamente ao veterinário para a realização de exames e confirmação da presença da doença. A busca por atendimento médico pode salvar a vida dele.

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Se você ou alguém próximo for mordido por um bicho infectado, lave a ferida com água corrente e sabão e vá ao médico. Os profissionais determinarão a necessidade de receber um tratamento contra a raiva. Por fim, se encontrar um animal de rua com sintomas da patologia, informe as autoridades responsáveis. 

Prevenção

Carla garante que ainda não se conhece um tratamento para a raiva, por isso a melhor forma de prevenção é através de vacinas. "A vacinação deve ocorrer de acordo com as recomendações da legislação local, porém todos os cães e gatos com probabilidade de exposição a animais selvagens ou outros animais devem ser vacinados após 12 semanas de vida e a cada um ano revacina-los como reforço", explica a profissional.

Normalmente os bichinhos de estimação não apresentam reações à vacina, mas isso irá depender de animal para animal. Se o seu companheiro for muito sensível, vale a pena visitar o veterinário para tirar suas dúvidas sobre a possibilidade de haver reação.

Como ainda não se conhece um tratamento para a raiva em animais, a melhor forma de prevenção é através de vacinas
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Como ainda não se conhece um tratamento para a raiva em animais, a melhor forma de prevenção é através de vacinas

Apesar de quase não haver casos de raiva registrado no país, é fundamental vacinar corretamente seu pet. Só assim o vírus consegue ser erradicado e quem sabe, futuramente, deixar de ser um problema para os animais e humanos.

O funcionamento do projeto de vacinação em agosto

No mês de agosto, as prefeituras de muitas cidades organizam a campanha anual de vacinação contra a raiva. É a oportunidade que os donos têm de vacinar o animal e ajudar a preservar sua saúde. Para ter mais informações sobre as datas e onde ocorrerão as campanhas, é preciso acompanhar o calendário da cidade em que mora. 

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Além da vacina contra raiva em animais , a veterinária reforça que existe outras tão importante quanto e que não devem ser esquecidas. "Obrigatoriamente, em qualquer esquema de vacinação para cães deve constar a aplicação da vacina múltipla (V8 ou V10) e antirrábica. Além disso, existem as vacinas contra a Traqueobronquite Infecciosa Canina e Giardíase. Já os gatos precisam da vacina múltipla, tríplice (V3) ou quadrupla (V4)", esclarece.

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