Os brasileiros não priorizam cuidados preventivos com os animais de estimação . Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência e divulgada pela Bayer. Os dados são alarmantes e mostram que a maioria dos animais não está protegida dentro da própria casa.
De acordo com o estudo feito em território nacional, 76% dos respondentes afirmaram que não fizeram nenhuma ação ou mudança em suas casas para receber os pets e apenas 26% deles têm alguma atenção com os perigos domésticos que podem colocar a saúde do bichinho em risco.
O principal motivo de acidentes domésticos com animais de estimação é a queda de lugares altos - 17% dos casos acontecem com cães e 22% com gatos. Segundo Mariana Buck, veterinária que atende na clínica médica do Hospital Veterinário Santa Inês, essas quedas normalmente acontecem de janelas, muros, lajes e escadas. "Elas podem ocasionar fraturas, trauma craniano, contusão pulmonar ou até óbito", alerta.
A segunda causa mais frequente de acidentes é ingestão de substâncias tóxicas (produtos de limpeza, higiene, remédios, plantas, etc) - o que aconteceu com 16% dos animais. Mariana conta que dentro da Instituição Santa Inês muitos casos de intoxicação são atendidos: "Muitas vezes o próprio tutor coloca algum componente químico, um veneno para roedores, por exemplo, os pets ingerem e acabam vindo parar na emergência."
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Outro acidente que leva a atendimentos frequentes no Hospital Veterinário é o afogamento. "Filhotes costumam se afogar em bacias ou até baldes cheios, mas isso pode acontecer até com o pet adulto. Casos envolvendo piscinas também são comuns", afirma a veterinária.
Como tornar a casa segura para os animais de estimação?
Quando se trata das quedas a principal maneira de evitá-las é a proteção, o que possui em poucas casas - apenas 28% dos donos de felinos e 19% dos de cães instalaram telas nas janelas. "No caso de muros, lajes ou escadas, a dica é evitar que os animais tenham livre acesso a esses locais. Muitas vezes eles ouvem um som, sobem na laje correndo para latir e acabam escorregando e caindo. Em outros casos, quando tem mais de um animal, o que vem atrás acaba ocasionando um impacto e derrubando o da frente", explica Mariana.
Para impedir afogamentos é necessário não deixar bacias e baldes cheios ao alcance do pet. A veterinária indica que a piscina tenha sua área isolada, de preferência com cerca ou portão. Se o uso de capas for a opção, sempre buscar pelos modelos mais seguros e que se adequem ao peso corporal do animal.
Evitar qualquer objeto, produto ou alimento no chão diminui os riscos de intoxicação.
"Se a gente tomar conta desses locais de queda, afogamento, e da ingestão de alimentos, substâncias químicas ou objetos, minimizamos muito riscos de complicações e acidentes com animais de estimação ", finaliza Mariana.