adoção responsável é muito importante para manter um animal de estimação , porém não é todo mundo que consegue arcar com isso: seja por problemas emocionais, financeiros, falta de tempo, ou outros fatores. Muitas vezes esses empecilhos vêm à tona depois que o pet já está em casa, o que leva o tutor e o bicho a ficarem em uma situação difícil.

A professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Pitágoras, Manuelli Amorim, explica quais os sinais de que o tutor está sendo negligente com o animal de estimação , e que talvez seja hora de rever a forma de cuidar do pet ou até realoca-lo para uma nova família com melhores condições de recebê-lo.

Deixar o animal de estimação sozinho durante muito tempo pode ser sinal de negligência
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Deixar o animal de estimação sozinho durante muito tempo pode ser sinal de negligência


O primeiro sinal é quando o dono não sente mais prazer em cuidar do animal. “No momento em que as obrigações diárias são mais desgastantes que o normal é preciso parar e avaliar o que está causando esse sentimento”, afirma Manuelli. Dar comida, banho, limpar o espaço do animal e levar para passear são tarefas que devem estar presentes na rotina, e não podem se transformar em um problema.

O segundo ponto são os cuidados médicos sendo deixados de lado, o que é um grande erro. “É muito importante frisar a necessidade de manter a vacinação, vermifugação, e controle de ectoparasitas. Quando isso não é prioridade o tutor deve reavaliar seus conceitos de cuidado”, explica a veterinária .

Em terceiro lugar a alimentação do pet. Muitos tutores trabalham o dia todo ou viajam, e acabam esquecendo que o animal também precisa comer. Como cães e gatos são mais gulosos, deixar comida à vontade não é uma boa ideia se o dono for passar alguns dias longe de casa – o ideal é pedir que alguém cheque o animal e forneça esses cuidados durante a ausência do tutor.

Em quarto lugar, a vontade de estar perto daquele bicho é um dos grandes indicadores de negligência. Brincar com ele não é mais uma atividade prazerosa, estar na presença do pet não traz o mesmo bem-estar do que antes: hora de parar e se dar conta de que talvez o tutor não esteja preparado para lidar com um animal de estimação.

Manuelli sempre reforça que é preciso se adaptar antes de encontrar um novo lar para seu cão, gato ou outro animal. “O ideal é verificar quais fatores estão levando a esse transtorno - tempo, saúde mental, falta de condições financeiras, etc, e tentar se adaptar. Caso realmente não tenha possibilidade, procurar adoção responsável”, explica.

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Se essa for realmente a última opção, procure sempre uma família que goste de animais e tenha condições de cuidar do pet. “Sempre deixe claro a personalidade do bichinho, pois assim os adotantes saberão como conduzir a situação e já estarão preparados para algum comportamento mais agitado do animal. Também podem ser associadas terapias para minimizar a ansiedade da separação, sempre com acompanhamento veterinário”, conta Manuelli.

A veterinária explica que procurar um abrigo de animais nem sempre é uma boa ideia, já que muitos desses lugares têm muitos pets para adoção, e podem estar sobrecarregados com o número de animais. “O mais recomendado é fazer a adoção responsável, que é buscar uma família que possa receber o animal com todo carinho e cuidado”, finaliza.

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