Por mais que muitos tutores não saibam, os animais também têm de passar por exames laboratoriais para diagnosticar e prevenir doenças. Normalmente são pedidos testes de hematologia, sorologia e imunologia e caso necessário, uma transfusão de sangue pode ser solicitada. Em caso de perda sanguínea e falta de produção de células de sangue, os pets também passam por esse processo.
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Normalmente os cães que podem fazer transfusão de sangue têm de ser dóceis, acima de 20 quilos, não obesos, sem enfermidades e com as vacinas em dia. Também passam por exames clínicos e de sangue completos a cada seis meses.
Esse procedimento costuma ser mais aplicado em casos de hemorragias internas agudas (por trauma, envenenamento ou ruptura de tumores, anemias hemoliticas imunomediadas, doenças do carrapato (hemoparasitose), e doença renal crônica.
O sucesso da transfusão pode depender muito dos critérios usados para selecionar o doador. O ideal é optar por cães com idade acima de um ano, que pesem entre 20 a 30 quilogramas, não obesos, de temperamento dócil e fácil manejo e que não tenham recebido transfusões. Em hospitais veterinários, é importante que 2 ou 3 animais de propriedade do estabelecimento estejam sempre disponíveis.
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O início da transfusão é bem lento, a não ser em urgências e grandes perdas, para que se possa observar qualquer sinal de reação. Após os primeiros 30 minutos, a velocidade vai aumentando até atingir uma média que permita um tempo total de até 4 horas. Além disso, as transfusões devem ocorrer em ambientes hospitalares e clínicas, já que o sangue pode ser contaminado.
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O processo pode dar certas reações no seu pet, como taquicardia, taquipneia, febre, hematúria, hemoglobinúria, opistótomo. Provavelmente o médico vai explicar tudo isso quando necessário, mas é bom lembrar que alguns sinais não são normais. Isso envolve inquietação, tremores, salivação, lacrimejamento, dificuldade respiratória, micções e defecações freqüentes.
Também é importante evitar a alimentação antes e depois da transfusão de sangue. Serão coletadas outras amostras de sangue entre a primeira e as próximas 72 horas seguidas do procedimento, para acompanhamento da sobrevivência (viabilidade) das células transfundidas. Isto para se estar atento a uma possível rejeição. Após a primeira transfusão, aumentam muito as chances de ocorrerem reações.
Mas tudo isso também deve ser confirmado com um médico especialista para tirar maiores dúvidas.
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