A maioria dos donos não se atenta aos perigos associados a um cachorro na piscina. Existe a crença de que eles já nascem sabendo nadar e conseguem se virar diante de situações envolvendo água. Mas é por causa desse pensamento que os tutores se descuidam e aumentam as chances de acidentes.
Há poucos dias ocorreu uma história que exemplifica isso. Dois cães estavam no quintal da casa e um deles acabou caindo na piscina . Porém, a vítima não sabia nadar e ficou desesperada diante do acidente. Os donos não estavam por perto para resgatar, então coube ao outro animal salvar o companheiro. Esse caso pode parecer isolado, mas é bem mais comum quando o assunto é cachorro na piscina .
Basta o dono sair de casa — seja para trabalhar ou passear — e deixar a piscina descoberta, já existe o risco de afogamento. O pet pode querer entrar na água para se refrescar e brincar. Ou então, em situações mais graves, ele cai acidentalmente por estar correndo descontroladamente, tentando beber água ou tropeçando em algum objeto. Mas o que fazer diante de situações assim?
Ao ver seu pet caindo, a primeira etapa é ficar calmo. É normal o dono entrar em desespero achando que ele se feriu, mas é preciso relaxar para conseguir ajudá-lo. Se o seu companheiro sabe nadar, não pense que ele conseguirá se salvar sozinho e tudo ficará bem. Uma queda na piscina pode causar afogamento, ou até uma hipotermia, mesmo entre os cães mais experientes.
Dessa forma, em casos de queda, pule na piscina o mais rápido que puder e resgate o animal. Lembre-se de retirá-lo com bastante cuidado, afinal ele pode estar nervoso e te machucar. Depois de salvo, retire o excesso de água e cubra-o com uma toalha a fim de aquecê-lo. Em seguida é preciso analisar alguns fatores para saber se houve alguma lesão.
Primeiro avalie o estado da queda. Se souber de onde ele caiu, conseguirá analisar a gravidade do impacto. Caso tenha sido de um local alto, redobre os cuidados e a atenção, pois existem altas chances de ter ocorrido uma lesão. Se houver sangramento, comprima o local com uma toalha limpa e leve-o ao veterinário. Durante toda a análise tente acalmar o bichinho e distraí-lo.
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Caso não tenha acontecido algo grave, leve o pet para o banho e retire todos os produtos químicos da piscina. Utilize água morna para aquecê-lo e seque-o bem. Em alguns minutos ele se recuperará do susto e voltará ao normal. Se isso não acontecer, vá ao veterinário para analisar se houve alguma lesão interna ou outro problema de saúde.
Porém, em casos de machucados visíveis, levo-o diretamente para o médico. Ele saberá como cuidar do problema e te dizer se houve lesões bem mais graves.
O que fazer em caso de afogamento?
Quando ocorrer um afogamento, o animal sofrerá uma insuficiência respiratória. Mesmo que poucos mililitros de água tenham sido ingeridos, a oxigenação sanguínea cai consideravelmente em alguns segundos. Por isso que quanto mais rápido o pet for socorrido, maiores são as chances de recuperação.
Infelizmente não há medicamentos que garantem a recuperação em casa do cão. Afogamento é um acidente grave e o tratamento só é possível dentro de um hospital. Dessa forma, não adianta oferecer remédios de uso humano que não irá ajudar. Na verdade, pode até piorar o quadro do bichinho.
Pensando nisso, o melhor que o dono pode fazer é retirar o cachorro o mais rápido possível da piscina, avaliando se o seu resgate pode ser feito com segurança. Caso contrário, chame uma equipe para que o salvamento seja realizado corretamente.
Se você conseguir resgatá-lo, mantenha a cabeça do animal desacordado fora da água. Lembre-se de proteger as narinas e a boca para não entrar mais líquido. Depois, assim que saírem da piscina, mantenha seu corpo em linha reta para evitar que lesões pulmonares mais graves e extensas.
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Enrole o bichinho com toalhas, panos e cobertores, tudo que for preciso para não ocorrer hipotermia. Leve-o para o veterinário desse jeito o mais rápido possível. Na clínica farão avaliações de possibilidade de suporte, controle de temperatura e tratamento.
Evitando as quedas
A fim de evitar quedas de animais na piscina, já existem diversos objetos no mercado com essa função, como escadas e boias especiais. Um deles é a escada chamada FrogLog. Ela permite que o animal saia da piscina de forma segura e sem a ajuda de terceiros. Outro utensílio é o colete salva vidas para cães. A peça impede que o animal afunda e se afogue, como se fosse uma boia infantil.
No entanto, a melhor prevenção é ensinar o cachorro a nadar desde filhote e a não entrar sozinho na água. Além disso, é importante cobrir a piscina quando os donos saem ou isolar essa área. Não deixe que ele brinque sozinho nessa região e nem largue seus brinquedos.
Por que nem todo cachorro sabe nadar?
É natural dos cachorros baterem as patinhas quando estão dentro da água. Em caso de queda, o instinto de sobrevivência fará com que todas as raças consigam manter a cabeça para fora. O problema é que, dependendo do porte ou da idade, não conseguirá respirar por tempo suficiente e acabará se afogando. Já outros cães simplemente não nascem com o instinto do nado.
Cães braquicefálicos, por exemplo, tem a cabeça mais curta e dificuldades para respirar. Pets com ossos e pelagem pesada, assim como os de cabeça larga ou pernas curtas, tendem a afundar com facilidade. Por outro lado, raças como Golden Retriever e Labrador tem o histórico de serem ótimos nadadores.
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De qualquer forma, para evitar o cachorro na piscina em momentos inapropriados, fique de olho quando estiver fora de casa e compre utensílios de proteção. Todo cuidado é importante para não ocorrer um acidente grave.