
No Peru, uma iniciativa inovadora vem chamando atenção pela união entre ciência, tecnologia e empatia. Batizado de Dog Motion Studio, o projeto foi criado por dois estudantes e dois formados nos cursos de Bioengenharia e Mecatrônica da Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC), em Lima.
A missão é clara: desenvolver próteses personalizadas e acessíveis para cães com dificuldades de locomoção.
Tudo começou com a história de Jack, um cão que perdeu uma das patas dianteiras após um tumor. Sensibilizados com o caso, os jovens decidiram usar seus conhecimentos para mudar aquela realidade.
O resultado foi uma prótese feita sob medida, que devolveu a Jack parte de sua mobilidade e qualidade de vida, um gesto simples, mas com impacto profundo.
A experiência com Jack serviu de ponto de partida para algo maior: criar soluções personalizadas para animais em situações semelhantes.
Com o apoio da clínica veterinária Pet Friendly, cada prótese é desenvolvida a partir de uma análise individual do animal. Veterinários avaliam o caso, fazem um escaneamento digital da anatomia do pet e, com base nesse modelo 3D, os engenheiros projetam a prótese com softwares de modelagem avançada.
O equipamento final é impresso em 3D com materiais resistentes e leves, revestido com silicone protético para garantir o máximo de conforto.
Segundo os idealizadores, cada detalhe é pensado: desde o tipo de amputação e peso do animal até seu nível de atividade física e questões ergonômicas. O objetivo é que o pet volte a se movimentar com segurança, reduzindo impactos na coluna e nas articulações.
A Dog Motion Studio destaca como a tecnologia pode ser aplicada com empatia para gerar transformação social e bem-estar animal.
Com o uso da impressão 3D, o que antes era restrito a clínicas caras ou países com alto poder aquisitivo, agora se torna uma alternativa viável, com custo reduzido, produção rápida e possibilidade de adaptação total ao paciente.