Raças de cachorro de porte pequeno costumam ter uma expectativa maior, em comparação a cães de porte grande, como Golden Retriever e Dogue Alemão , por exemplo. Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estudaram mais de 25 mil cachorros, de 238 raças diferentes para investigar a relação entre a idade, o tamanho e a prevalência de doenças nesses animais.
Publicado na última quarta-feira (17), pelo jornal científico Plos One , os resultados podem ajudar na compreensão da razão pelas quais os cães pequenos tendem a viver mais tempo.
As evidências científicas mostram que o tamanho do cachorro não afeta o número de complicações médicas que ele pode ter ao longo da vida, porém, interfere nos riscos à saúde que elas causam. Os estudos quanto a essa relação, no entanto, ainda são inconclusivos.
A pesquisa apontou ainda que cachorros maiores apresentaram uma maior predisposição a sofrer com doenças infecciosas e cânceres, além de problemas gastrointestinais, neurológicos, endócrinos, ósseos e de ouvido, nariz e garganta.
Já os cães menores, em comparação, demonstraram maior propensão a apresentarem doenças oculares, cardíacas, respiratórias ou pancreáticas. Complicações nos rins ou no sistema urinário, que são relativamente comuns em pets, não têm relação com o tamanho do animal.
Para diversos outros tipos de doenças, os diferentes portes de cães foram associados a diferentes padrões de risco ao longo da vida dos animais, como câncer, doenças oculares, cardíacas, ortopédicas e de ouvido, nariz e garganta.
Em comunicado, os autores destacaram que não há confirmação entre a relação de causa entre o tamanho, idade e doença nos cães. "Esses resultados fornecem ideias sobre as categorias de doenças que podem contribuir para a redução da vida útil em cães maiores e sugerem vários outros caminhos para uma exploração mais aprofundada."
Fatores como o sexo dos cães, local onde vivem e se são de raça pura ou mista não tiveram nenhuma interferência nos resultados.
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