Uma das piores situações que um dono pode passar é ver o melhor amigo sofrer, ainda mais em casos de convulsão. Caracterizada por tremores involuntários, olhar vidrado e até fraqueza, a convulsão canina é perigosa e pode ser sintoma de doenças mais graves.
Segundo a veterinária Caroline Bettini, há dois tipos de convulsão em pets: a focal e a generalizada. "A convulsão focal trata-se de tremores (movimentos involuntários) na região da face, com olhar vidrado, semelhante a um toque nervoso, mas sem perda da consciência", explica.
"Já a convulsão generalizada trata-se do quadro clássico com tremores por todo o corpo, podendo haver vocalização, micção e defecação durante ou após o episódio, salivação excessiva, dentes cerrados, perda da consciência e fraqueza após o episódio", afirma.
Veja a seguir algumas dicas para ajudar você a tratar a convulsão e não se desesperar caso isso aconteça com o seu melhor amigo.
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Por que a convulsão acontece?
A convulsão pode ocorrer por diversos fatores, podendo ser sintoma doenças sérias. "A convulsão em cães pode ocorrer por intoxicação de veneno, plantas e medicamentos, alterações metabólicas, como hipoglicemia, doença renal e hepática e alterações estruturais, como a neoplasia", conta.
Mas caso o seu pet não tenha nenhuma das alterações citadas, pode ser epilepsia. "Quando não se sabe a causa dos episódios convulsivos, pode ser um quadro em que sua maioria seja uma predisposição genética, como ocorre com a raça Schnauzer", aponta.
A convulsão pode matar o cachorro?
Sim . Como dito anteriormente, o animal pode ter doenças relacionadas e a convulsão ser um sintoma. Se não cuidar ou agir de forma brusca em um episódio convulsivo, o animal pode morrer. "Em alguns casos onde o animal já possui outras doenças concomitantes, episódios convulsivos podem causar apnéia e até mesmo uma parada cardiorrespiratória devido à fadiga, levando o cão a óbito", afirma.
O que fazer em caso de convulsão?
Enquanto o cão tem um episódio de convulsão, o ideal é esperar o episódio passar. "O ideal é que não haja manipulação do cão durante o episódio, pois devido a perda de consciência e reflexos exacerbados, os tutores podem acabar se ferindo gravemente", afirma.
Depois do episódio, leve ele para um veterinário para identificar o que está acontecendo e tratar do problema. "Atualmente o tratamento ocorre por meio do uso de medicamentos (como exemplo o fenobarbital), mudanças de manejo, de alimentação e o uso da acupuntura", diz.