Muitas pessoas acham que os pombos são pragas que se proliferam nos grandes centros urbanos das cidades. Algumas pessoas inclusive, têm pavor da ave. Porém, a criação de pombos em casa vem ganhando vários seguidores e muitos têm a curiosidade de saber mais sobre essa espécie.
Em entrevista ao Canal do Pet, o veterinário especializado em animais silvestres Tiago Perez, explica os cuidados necessários que você precisa ter caso decida ter o animal em casa.
Cuidados básicos
Apesar de ter a crença popular que os pombos são hospedeiros de doenças, o veterinário explica que os que são criados em cativeiro eles estão livres de contaminar qualquer pessoa. Para isso eles precisam de um ambiente higienizado, uma boa alimentação e acompanhamento veterinário a cada seis meses.
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“Eles são aves como qualquer outra, papagaio, calopsita, canário e outros. Quando é devidamente cuidado e criado em boas condições de higiene, é um animal limpo e saudável. Infelizmente nas grandes cidades ele fica exposto a ambientes contaminados, se torna uma fonte de disseminação de doenças. E acaba sendo discriminado pela população”, esclarece. A alimentação dos pombos é baseada em grãos e pequenos frutos, existe hoje no mercado rações específicas que suprem as necessidades dos pombos.
Perez acrescenta que esta espécie de pássaro é muito fácil de ser criar e que requer cuidados básicos, sem muitas frescuras. Basta uma boa ração, um recinto com espaço para a ave, uma boa higiene com a gaiola, forrar o fundo com jornal, trocar diariamente o forro da gaiola. Além disso a ave deve ser criada em gaiolas com grades que a impeçam de ter contato com as fezes. De resto basta água fresca e abrigo de chuva e sol, como como qualquer outro pet.
Qual o temperamento dos pombos?
Perez conta que já atendeu vários pombos na clínica. Alguns vieram de resgates e sofreram traumas por ataques de gatos, gavião ou linhas de pipas. Infelizmente, muitas dessas aves não conseguiram retornar à vida livre e as pessoas que as resgataram acabando adotando esses bichinhos.
“Os tutores sempre comentam que são animais inteligentes, que interagem e que até se comunicam com os tutores por meio de vocalização. Para facilitar a criação e para eles se adaptarem melhor, a gaiola deve ser ampla, mas isso depende muito da raça e do objetivo da criação. No meu ponto de vista quanto maior puder ser o recinto /gaiola é melhor”, garante.