O filme “Sempre ao Seu Lado”, lançado em 2009, retrata a história de lealdade e amor entre um cão e o dono. No longa, o professor universitário Parker Wilson (Richard Gere) encontra um filhote de cachorro da raça Akita, que é diferente da raça Shiba Inu , em uma estação de trem e resolve adotá-lo. Todos os dias, o pequeno Hachi, nome que estava na coleira, acompanha Parker até a estação de trem e espera por ele até que o amigo retorne.
Baseada em uma história real, a produção representa um dentre vários relatos envolvendo a fidelidade entre cães e seus tutores. Desse modo, alguns acontecimentos comoveram a população de tal forma que os atos de carinho foram eternizados em monumentos. Ao redor do mundo, estátuas de cães extremamente leais foram erguidas com o intuito de homenagear os animais.
Greyfriars Bobby - Edimburgo, Escócia
Bobby foi um Skye Terrier que viveu na Escócia durante o século 19 e pertenceu ao vigia noturno John Gray. Após a morte do vigia, o cãozinho ficou prostrado em cima do túmulo do amigo por 14 anos, até a sua própria morte em 1872.
Um ano depois da morte de Bobby, uma senhora chamada Burdett-Coutts ordenou que fosse construída uma fonte e uma estátua em homenagem ao pet. O livro “Greyfriars Bobby”, de Eleanor Atkinson, foi inspirado no Skye Terrier, bem como os filmes “O Fiel Companheiro”, de 1961 e “The Adventures of Greyfriars Bobby”, lançado em 2006.
Fido - Florença, Itália
Durante a Segunda Guerra Mundial, Carlo Soriani encontrou um filhote abandonado e decidiu levá-lo para casa. Desde então, o cachorrinho, chamado Fido, passou a seguir o dono todos os dias até o ponto de ônibus.
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Durante dois anos, os dois mantiveram essa rotina: Fido caminhava com Carlo até o ponto de ônibus e esperava por ele até a noite, quando o homem voltava.
Em 1943, a Alemanha bombardeou a fábrica onde Carlo trabalhava, ele não resistiu e faleceu. Como de costume, Fido aguardou o tutor, o que faria incansavelmente por mais 14 anos. O cão ganhou uma estátua em 1957 e faleceu em 1958, ainda à espera do dono.
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Hachiko - Tóquio, Japão
Hachiko foi um Akita marrom dourado que estava habituado a esperar pelo dono, o professor Hidesaburo Ueno, ao fim de cada dia na estação de Shibuya. Em maio de 1925, o professor faleceu devido a uma hemorragia cerebral, mas Hachiko esperou por ele durante 10 anos.
Hachiko recebeu algumas estátuas em homenagem à sua lealdade. A primeira, construída em 1934, infelizmente foi derretida durante a Segunda Guerra Mundial, para a produção de material bélico. Em 1948, uma outra estátua foi colocada no mesmo local para substituí-la. Em 2015, no 80º aniversário da morte do cachorro, um monumento de bronze foi instalado na Universidade de Tóquio, mostrando Hachiko e Ueno reunidos.
Ruswarp - Garsdale, Inglaterra
Ruswarp foi um cão que viveu na Inglaterra e pertenceu à Graham Nutall, membro da “Friends of the Settle Carlisle Line”, associação que lutou contra o fechamento da estação ferroviária de Garsdale. Cão e tutor estavam sempre juntos. Em 1990, os dois saíram para uma caminhada matinal e não voltaram.
Após 11 semanas desaparecido, os moradores encontraram o cadáver de Graham com Ruswarp ao seu lado. O Border Collie, que já tinha 14 anos, estava muito fraco e morreu pouco tempo depois de ser encontrado. Atualmente, é possível visitar a estátua do cãozinho em frente à estação Garsdale.
Bobbie the Wonder Dog - Oregon, Estados Unidos
Bobbie foi um cão que viveu entre os anos de 1921 e 1927. Durante uma viagem de família, o cão se perdeu dos donos no estado de Indiana. Com apenas dois anos de idade, o cachorro da raça Scotch Collie caminhou por 4,5 mil km para reencontrar os tutores. O que realmente aconteceu, após seis meses andando: ele viajou por picos nevados, planícies e rios.