Matute é um cachorro com cerca de 10 anos de idade que viralizou nas redes sociais após conseguir um emprego como segurança em uma farmácia na cidade de Pachuca, em Hidalgo (México). A notícia sobre a contratação do peludo se epalhou rapidamente entre os vizinhos e conhecidos no bairro Villas de Pachuca, local em que o Matute é tido como um cão comunitário há muitos anos.
Segundo a protetora de animais, Adriana Dorazco, o cachorro chegou ao local há uma década, então, ao perceber que ele estava vivendo na rua, lhe deu comida e procurou um novo lar para ele.
“Dizem – não posso afirmar - que ele chegou aqui ainda filhote com uma família, mas quando se mudaram eles o abandonaram. Em suas perambulações pela colônia eu comecei a alimentá-lo, mas ele nunca quis ficar dentro de casa. Havia duas outras famílias que também queriam dar uma casa para ele, mas ele não se adaptou a viver trancado. Então eu o esterilizei e dei suas vacinas”, contou Adriana em entrevista ao Milenio.
Matute é cuidado por vizinhos e trabalhadores das empresas locais. Foi assim que um dia ele chegou a uma loja de videogames onde morou por um tempo e depois à farmácia, local onde, além de ter um teto, ele passou a ocupar um cargo respeitável como chefe de segurança do estabelecimento.
O cachorro estava vivendo na loja de videogames, onde ficou por muitos anos, com vários vizinhos e amigos deixando comida e comprando sachês, mas a loja fechou devido a pandemia de Covid-19.
“Matute ficou pelo menos um ano esperando, deitado na cortina daquele lugar, esperando que reabrissem, e passando às vezes em uma lavanderia, até que o encarregado da farmácia começou a aproximá-lo. Claro, o crédito também vai para o proprietário que sempre permitiu que o cachorro estivesse lá e passou a comprar seus petiscos. E foi assim que eles acabaram adotando”, explicou a protetora.
O abrigo de animais também fez um apelo, para que exemplos como o de Matute possam ser sempre replicados, onde animais são encontrados em situação de abandono.
“Conscientizar a sociedade de que qualquer pessoa merece respeito, mas principalmente quem está na rua. E que qualquer um, sem ser um protetor de animais, pode fazer a diferença. A violência geralmente começa com os mais vulneráveis (animais, crianças, idosos), então uma forma de mudá-la é começar a mostrar empatia pelos mais vulneráveis”, finalizou.