Guia de Raças: conheça o Samoieda, o simpático descendente de lobos

Forte, independente e com passado de caça, a simpatia da raça se destaca por parecer estar sempre sorrindo

Foto: Miroslav Gecovic/Pixabay
O Samoieda precisa praticar atividades físicas frequentemente para se manter saudável

A origem da raça é incerta, o que se sabe é que sua história está diretamente ligada a uma antiga tribo de nômades que vivia na Sibéria, chamada Samoieda (atual Nenets).

A tribo, que deu o nome à raça, usava seus cães para as mais variadas funções, que iam desde serviços pesados como a caça de renas e a tração de trenós pelas geleiras, a cães pastores e até animais de companhia que aqueciam as crianças da tribo durante as noites geladas.

O Samoieda é considerado uma das raças mais puras do mundo, sendo descendente direto de lobos cinza que se cruzaram com cães  Husky Siberiano, Malamute do Alasca e Chow Chow.

Da Sibéria para o mundo

A raça começou a migrar durante o século 17, quando exploradores que os usavam como cães de tração levaram alguns exemplares da raça para outras partes da Europa.

Com o tempo, o carisma desses cães fez com que deixassem de ser apenas puxadores de trenós em expedições polares e se tornassem animais de companhia muito populares entre membros da nobreza, especialmente pela Rainha Alexandria que ajudou também a definir o padrão seguido por muitos criadores da raça.

Nas Américas, a raça chegou somente em meados de 1906, mesmo ano em que recebeu seu reconhecimento oficial pelo  American Kennel Club. O padrão oficial da raça, seguido até hoje, foi escrito em 1909, sendo oficializado pela Federação Cinológica Internacional (FCI) somente em 1959.

Os samoieda chegaram em terras brasileiras em 1975, ainda pouco comuns, chamam a atenção de todos por onde passam. Por serem animais acostumados a sobreviver em climas gelados (temperaturas que chegam a -60°C), a raça precisa de cuidados para conviver com o clima tropical do país.

A personalidade da raça

Foto: Daniel Bell/Pixabay
Por ser um animal natural de regiões frias, tende a sofrer com o calor

Da mesma família dos spitz, uma das características físicas dos samoieda que mais se destaca é o formato do focinho, que passa a impressão de ser um cão que está sempre com um sorriso no rosto. Essa “simpatia física” faz justiça ao temperamento dócil e simpático desse pet.

Um animal muito gentil, dócil e brincalhão, é muito apegado aos tutores e pode conviver bem com pessoas de todas as idades. Mesmo sendo um cão de grande porte, é tão gentil que faz amizade facilmente até com pessoas estranhas, sendo assim uma péssima opção para quem deseja um cão que também ajude a cuidar da casa.

A convivência com outros animais de estimação também é boa, mas é importante que se faça a socialização do animal desde filhote.

É também muito inteligente e dedicado, porém a independência está na genética e pode ser bastante teimoso na hora de aprender novos comandos, necessitando de pulso firme e paciência por parte do tutor ou adestrador.

Cuidados com a higiene

Foto: Helena Lopes/Pexesl
Um cão de aparência sorridente e amigável

A raça conta com uma pelagem longa e densa, por isso tende a perder bastante pelo, precisando de escovações de duas a três vezes por semana. No Brasil, especialmente durante o verão e a primavera, a perda de pelos se intensifica e as escovações devem ser diárias.

A pelagem do samoeida ajuda a evitar o acúmulo de sujeiras, por isso não é necessário dar banho com tanta frequência, sem abandonar a manutenção da pelagem. O comum é que se dê banhos a cada três meses, mas é indicado que se peça a orientação de um médico veterinário desde a infância do animal, para determinar uma frequência adequada para os banhos, assim como os produtos a serem usados.

Cuidados com a saúde

Por ser um cão muito tranquilo e se adaptar facilmente a diferentes ambientes, é comum que se recomende a raça para pessoas que moram em apartamentos. Porém, é um cão muito ativo e precisa de bastante espaço para correr, brincar e gastar energia.

No geral, a raça goza de boa saúde, mas pode sofrer com alguns problemas ao longo da vida, como a displasia coxofemoral, glaucoma, atrofia progressiva da retina, hipotireoidismo e diabetes.

Para prevenir esses e qualquer outro problema de saúde, é fundamental que se faça um acompanhamento com um médico veterinário desde filhote.

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