Original da antiga Birmânia, atual Myanmar, o gato Birmanês (ou Burmese) se tornou conhecido no ocidente em 1800, no Reino Unido, mas perdeu muito de sua popularidade para os gatos siameses e quase desapareceu.
Alguns felinos da raça foram levados para os Estados Unidos em 1930, a mais conhecida foi uma gata chamada Wong Mau, que pertencia a um homem chamado Joseph C. Thompson. Wong era uma gata com pelagem semelhante a de um siamês, mas em tons mais escuros.
Thompson se uniu a criadores e geneticistas para se certificar de que a gatinha era de fato uma birmanesa pura e não um híbrido. Para isso, eles a cruzaram com um gato siamês chamado Tai Mau e os filhotes dessas ninhadas foram divididos, alguns nasceram com características misturadas de birmaneses e siameses, outros como birmaneses puros.
Os filhotes, mais tarde, foram cruzados entre si e produziram gatinhos birmaneses em tons escuros profundos. O resultado mostrou que Wong Mau era uma gata híbrida entre siamês e uma raça de gato de cor escura e, com seus filhotes, ela deu origem à raça do gato Birmanês como é conhecida hoje.
Com a popularização dos gatinhos híbridos em campeonatos oficiais da Cat Fanciers Association , o que burla as regras, a associação retirou o reconhecimento dos birmaneses como raça pura em 1947. Porém, após restabelecido o padrão desses felinos pela Burmese Cat Society of America, a CFA registrou a raça novamente em 1957.
Personalidade
Um gato amoroso e dedicado aos tutores, pode aprender truques e gosta de brincadeiras de busca – por vezes é comparado a um “ labrador retriever felino ”. Por ser um felino muito inteligente, às vezes pode ser também um pouco teimoso.
Muito espirituoso, é um ótimo pet para crianças e convive perfeitamente bem com outros animais, como outros gatos e até cachorros. Inclusive, é recomendável que se tenha um outro animal para que possam ter uma companhia enquanto a família estiver fora, esses bichanos não gostam de ficar sozinhos.
Eles gostam de estar sempre por perto de seus humanos e participar do que estiverem fazendo, assim como gosta que vejam quando está fazendo alguma gracinha – invista em brinquedos e arranhadores, para que o pet tenha com o que se distrair e gastar energia.
São gatos muito confiantes e exploradores, eles podem facilmente se meter em encrencas, então, ao ar livre, apenas sob supervisão – dentro de casa, antes de fechar o armário, uma gaveta ou a máquina de lavar, não esqueça de observar se o seu pet não está dentro.
Cuidados básicos
Com sua pelagem curta e sedosa, não exigem tanto esforço para se manterem limpos, com cuidados básicos diários e uma escovação mais completa semanalmente para a remoção de pelos mortos.
Qualquer variação como pelagem gordurosa ou escamosa é um sinal de problemas, e isso pode ser detectado com mais facilidade tomando cuidados diários.
Uma limpeza mais completa com lenço umedecido próprio para gatos e na região das orelhas também é recomendado.
Cuidados com a saúde
A raça está suscetível a problemas hereditários como hipocalemia, uma doença que causa o enfraquecimento dos músculos, causando cãibras, paralisia e espasmos musculares.
A hipocalemia acontece quando o nível de potássio no sangue está muito baixo, geralmente os primeiros sinais visíveis surgem por meio de vômitos, diarreia e dificuldade para andar ou manter a cabeça erguida. A reposição de potássio pode ser feita por meio de suplementação oral, sempre com a orientação de um médico-veterinário.
Esses felinos também podem sofrer com um problema conhecido como síndrome da dor orofacial felina, uma condição neurológica que acomete os nervos da região da boca, causando dores intensas ao animal.
Uma curiosidade é que os gatos birmaneses europeus são predispostos a diabetes, algo que não costuma acontecer com os felinos americanos da mesma raça. Mas ambos correm o risco de sofrer com obesidade, caso não se mantenham ativos e recebam uma boa alimentação – o peso considerado normal para a raça é de até 5,4 kg.
Os gatos birmaneses são saudáveis e podem levar uma vida longa e feliz quando bem cuidados, com visitas regulares ao médico-veterinário para exames que possam identificar essas e outras doenças com antecedência, além de manter sempre vacinas e vermífugos atualizados.
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