Um cãozinho de origem escocesa, o Dandie Dinmont Terrier surgiu por volta dos anos de 1700, em uma região de fronteiras chamada Cheviot Hills, localizada entre a Escócia e a Inglaterra. O Dandie é considerado uma das raças mais raras do planeta – até 2016 havia apenas cerca de 100 registros de filhotes da raça no Kennel Club britânico, que a incluiu em sua lista de raças vulneráveis em risco de extinção.
Acredita-se que, a raça como é conhecida hoje, tenha surgido do cruzamento entre as raças Bedlington Terrier e Otterhound (Cão Lontra), selecionados pelo fazendeiro James Davidson, no início do século 19. Teorias também apontam em sua linhagem a ascendência de cães como Basset Hound , Border Terrier e Cairn Terrier.
Seu nome foi inspirado no personagem principal do livro “Guy Mannering”, escrito por Walter Scott. Na história, um fazendeiro chamado Dandie Dinmont tinha seis desses cachorros da mesma raça. Foi do livro também que surgiram os nomes dados às duas variações: Pepper (Pimenta), para uma pelagem preto escuro e azulado, e Mustard (Mostarda), para uma pelagem marrom avermelhado.
Acredita-se que Old Pepper, um dos cães retratados no livro, tenha sido capturado por uma armadilha do quinto Duque de Buccleuch e criado por ele. Um dos filhotes de Old Pepper, chamado Old Ginger – nascido em 1842 –, aparece até hoje no pedigree de quase todos os cães da raça.
O Dandie se tornou muito popular na Inglaterra durante o século 19, graças à rainha Victória, grande amante de cachorros, que era tutora de uma cadela da mesma raça. Com a Segunda Guerra Mundial, porém, esses cães quase desapareceram quando a maioria dos canis criadores da raça foram fechados e seus cães sacrificados.
Esses filhotes foram exclusivos da Grã-Bretanha por muitos anos, até que, em 1886, eles chegaram aos Estados Unidos e, no mesmo ano, foram reconhecidos oficialmente pelo American Kennel Club . Embora a popularidade do Dandie nunca tenha sido das mais relevantes, eles são muito admirados por seus tutores graças à sua personalidade amorosa e sua aparência diferenciada.
Características
- A cabeça é larga, bastante grande e forte, além de ser recoberta por um pelo extremamente macio e sedoso. Possui um topete muito característico;
- O focinho é forte e alto, com a trufa escura, geralmente preta;
- Os olhos são grandes e redondos, de um tom avelã, bastante afastados entre si, com uma expressão animada, bastante inteligente e sensata;
- As orelhas são inseridas baixas, pendendo ao lado de sua cabeça, rente às bochechas; são largas na base, afinando até a ponta, que chega a ser quase pontuda, num típico formato de “V”;
- O corpo é longo e baixo e a estrutura óssea é bastante forte;
- O peito é bem desenvolvido e suas costas baixas, seguindo o nível de seus ombros, o que lhe dá grande semelhança ao corpo de uma doninha;
- As costelas são bastante arqueadas e sua linha superior é bem musculosa;
- Os membros são bastante curtos e arredondados, com os seus membros posteriores sendo um pouco mais longos que os anteriores;
- O pescoço é bem desenvolvido, muito musculoso e forte, dando um grande poder para eles;
- A cauda é muito curta, chegando a ter no máximo 25 cm, sendo bastante grossa na base, mantendo essa espessura até aproximadamente 10 cm de comprimento e então começando a se afinar;
- A cauda não pode ser torta nem se apresentar enrolada por nenhum motivo, apesar de poder ter uma ligeira curvatura que faz lembrar uma cimitarra;
- Quando está em repouso, a cauda fica um pouco acima de sua linha superior, de uma forma alegre;
- A pelagem é moderadamente longa, que é uma mistura entre pelos sedosos e pelos duros, o que garante sua aparência única e exótica.
Personalidade
O Dandie Dinmont é um cachorro cheio de energia e brincalhão, muito apegado à família e uma ótima companhia para as crianças.
Esse é um pet muito inteligente, determinado, sensível e confiante, pode conviver muito bem com outros animais, até mesmo com gatos – a convivência com animais menores, como coelhos e roedores, não é recomendada, devido ao seu forte instinto de caçador.
Pode ser facilmente treinado, apesar de se mostrar um pouco teimoso no começo, nada que não se resolva com um pouco de paciência e muito carinho e dedicação. Não são cães agressivos, mas podem ser bastante desconfiados com estranhos e tendem a latir quando uma pessoa ou animal desconhecido se aproxima de seu território.
É fundamental socializá-lo desde filhote para que não se torne um animal muito tímido e passe por momentos desnecessários de estresse.
Como são muito afetuosos e gostam de estar sempre por perto de seus tutores, não é recomendado que se deixe muito tempo sozinhos em casa, pois não se dão muito bem com a solidão. Nesse caso, o indicado é que o tutor procure serviços como os de creche para cães ou tenha mais de um animal de estimação – de preferência, outro cachorro.
Cuidados básicos
Com uma pelagem de camada dupla e pelos mais duros cobrindo uma subcamada macia, esse cãozinho de topete distinto precisa de uma rotina de cuidados para se manter sempre com o visual e saúde sempre em dia.
A escovação deve ser feita diariamente para evitar nós e emaranhados, além da remoção de fios mortos. Uma boa dica é usar produtos que facilitem a escovação , como condicionadores após o banho.
+ Quais são as maneiras corretas de escovar o pelo do cachorro?
A tosa precisa ser feita ao menos duas vezes ao ano, e o corte dos pelos do focinho e em volta dos olhos devem ser cortados regularmente, com o uso de tesoura – pode ser feito pelo próprio tutor, mas o mais indicado é que se procure um profissional. Os pelos dos ouvidos também devem ser removidos regulamente.
Os banhos podem ser dados sempre que necessário, mas sem exageros para não causar irritações na pele do animal.
Saúde
Os cães dessa raça costumam ser saudáveis, mas estão propensos a sofrer com algumas doenças, assim como qualquer outra raça.
É preciso ficar atento com questões como obesidade e até a forma como esses pets são manuseados quando filhotes, pois podem desenvolver problemas de coluna devido ao seu formato mais alongado.
Eles também podem sofrer com displasia coxofemoral, epilepsia, glaucoma e hipotireoidismo. Para mantê-los em boa forma, é fundamental manter os cuidados com a alimentação e atividades físicas regulares.
Mesmo se adaptando bem a espaços menores, é essencial que eles façam passeios com regularidade. Além disso, o tutor deve levar o pet para visitas ao médico-veterinário regularmente.
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