Com origem no condado de Staffordshire, na Inglaterra, a raça surgiu após o cruzamento entre Buldogues e Terriers, visando um animal mais ágil e resistente para prática de rinhas entre cães e, especialmente, contra touros nos chamados Bull-Baitings – daí vem a nomenclatura “Bull”.
Essa prática violenta foi proibida em 1835, o que não impediu que continuassem na ilegalidade, mas também fez com que esses cães fossem domesticados e se tornassem animais de companhia para muitas famílias.
Assim como outros cães do tipo Bull, o Staffordshire Bull Terrier, ou Staffie, como é apelidado, recebeu a injusta fama de violento e perigoso, porém, se trata de um cão muito dócil e apegado aos seres humanos, especialmente com as crianças.
Por muitos anos, na Inglaterra, os Staffies foram conhecidos como “cães babá”, por serem grandes aliados dos pais na tarefa de cuidar dos bebês, assumindo um caráter bastante protetor para os pequenos, além de serem muito pacientes com brincadeiras.
Mesmo assim, a fama de violento fez com que as instituições demorassem a reconhecer a raça, foram cerca de 100 anos até que o United Kennel Club registrasse a raça, em 1935. O Staffordshire Bull Terrier recebeu o reconhecimento do American Kennel Club somente em 1974, nos períodos entre guerras dos Estados Unidos.
A personalidade do Staffordshire Bull Terrier
O Staffordshire é do tipo que não se deve deixar levar pelas aparências, pois ele é um cão muito gentil, dócil e brincalhão, e o apelido de cão babá já deixa claro o quanto a relação com os pequenos é favorável, tanto para as crianças, quanto para o cão.
Esse pet se dá tão bem com pessoas que pode fazer amizade facilmente até mesmo com visitantes desconhecidos. Com outros animais a convivência pode ser boa, mas, assim como qualquer outra raça, é preciso que ele seja bem socializado desde filhote.
O tutor de um cão dessa raça deve ter em mente que esse é um pet que precisa de passeios e atividades para gastar energia diariamente, além disso, não é do tipo que gosta de ficar muito tempo sozinho – ele vai querer estar sempre por perto dos membros da família, o ideal é que ele tenha acesso ao quintal, mas possa entrar em casa livremente.
Em questão de treinamento, é um animal bastante inteligente e pode aprender comandos com facilidade (mesmo que ele possa ser teimoso, às vezes), o mais interessante é que o tutor torne as sessões de treino o mais leves e divertidas possíveis, assim ele tende a aprender de forma mais rápida. Forçar o animal nunca é uma boa ideia.
Cuidados básicos
Mesmo com pelos curtos que quase não se soltam, é recomendável uma escovação semanal para remover os fios mortos e manter os pelos brilhantes e saudáveis. Além disso, os momentos de escovação ajudam a estreitar os laços entre o pet e tutor.
A frequência de banhos pode variar de semanal ou mensal, de acordo com a necessidade do pet. Fatores como nível de sujeira após as brincadeiras, doenças dermatológicas, entre outras. É recomendado o uso de produtos específicos para a raça.
Cuidados com a saúde
Mesmo sendo um cão forte e musculoso, eles devem ser mantidos dentro de casa, principalmente durante os dias mais frios do ano. Isso também é importante, devido ao apego desses cães com seus tutores.
A raça também tem predisposição a doenças dermatológicas, displasias coxofemoral, problemas de coluna, problemas neurológicos, palato alongado e doenças oftálmicas como a catarata e a distiquíase, que se caracteriza pelo nascimento dos cílios no sentido contrário – crescendo na parte interna dos olhos e causando ferimentos na córnea.
Fazer visitas periódicas ao médico-veterinário é fundamental para que problemas como esses sejam detectados em suas fases iniciais, garantindo assim uma maior qualidade de vida ao animal de estimação.
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