O Boxer é um cachorro muito apegado aos tutores e bastante leal e protetor
Lucie Hekesicov/Unsplash
O Boxer é um cachorro muito apegado aos tutores e bastante leal e protetor

Há uma teoria de que o Boxer seja descendente de uma raça de cães de guerra do antigo Império Assírio, povos que viviam ao norte da Mesopotâmia no século 15 a.C., mas a raça é muito mais recente, tendo sua origem por volta do ano de 1830.

O Boxer, como conhecemos hoje, é descendente direto do extinto Buldogue Alemão, raça que era usada para a caça e rinhas com grandes animais, como o touro. Daí vem o nome pelo qual eram mais conhecidas, Bullenbeisser, palavra que significa algo como “mordedor de touro” em alemão.

O Bullenbeisser tinha uma grande mandíbula que era usada para imobilizar a presa até que o caçador chegasse para matá-la. Com o tempo a raça foi sofrendo alterações graças aos cruzamentos com cães do tipo Mastim Inglês, chegando mais próximo do que é o Boxer como é conhecido hoje – com um porte ligeiramente menor e mais magro do que os seus antepassados.

Um homem chamado George Alt é apontado como o responsável pela criação da nova raça, após importar um cão da França um Bullenbeisser, de nome Flora. A origem do nome Boxer, no entanto, não é certa. A teoria mais conhecida é a de que o nome venha como uma referência aos boxeadores, já que os cães da raça costumam utilizar as patas dianteiras quando se envolvem em brigas, além de terem uma postura que remete aos lutadores.

Por serem cachorros ágeis e resistentes, o exército alemão usou cães da raça como mensageiros e olheiros durante as duas grandes guerras.

A fama da raça começou a aumentar quando os alemães Roberth, Konig e Hopner colocaram o Boxer em uma exposição de cães, em 1895. Isso ajudou a trazer notoriedade para a raça e, apenas um ano depois, os três fundaram o Boxer Club, primeiro clube dedicado à raça.

Já conhecida pela Europa, a raça chegou aos Estados Unidos em 1903, e já no ano seguinte um cachorro chamado Arnulf Grandenz foi o primeiro Boxer a ser registrado no American Kennel Club. A raça só se tornou popular em solo norte-americano em 1951, quando Sieger Dampf v Dom, cachorro de estimação do então governador de Nova York, se tornou vencedor de uma competição canina em Westminster.

Curiosidades sobre o Boxer

O mais indicado é que se tenha um outro animal para fazer companhia
Alonso Romero/Unsplash
O mais indicado é que se tenha um outro animal para fazer companhia

Existe uma variação de Boxers na cor branca e eles não são bem aceitos. Apesar de não haver nenhuma comprovação científica de que esses animais estejam associados a qualquer tipo de doença é verdade que eles têm maior tendência à surdez, algo que também é comum com gatos brancos.

Os Boxers têm uma língua ligeiramente maior do que o normal, a raça também tende a babar bastante a roncar alto enquanto dormem.

Alguns dos primeiros filmes criados na história tiveram a participação de cães da raça Boxer.

A personalidade do Boxer

Pode parecer um cão bravo para quem não conhece, mas se trata de uma raça dócil brincalhona
Anita Peeples/Unsplash
Pode parecer um cão bravo para quem não conhece, mas se trata de uma raça dócil brincalhona

A “cara de mau” pode fazer parecer que se trata de um cão bravo e perigoso, mas está longe disso. O Boxer está entre os cães mais leais e protetores, são muito dóceis e brincalhões. Os cachorros dessa raça amam estar sempre por perto da família, por isso não é bom deixa-los sozinhos por longos períodos, pois podem se sentir tristes e acabar destruindo alguns objetos da casa.

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São ótimos cães de companhia e se dão muito bem com crianças e outros animais, até mesmo com gatos. O único cuidado a se tomar, especialmente com crianças pequenas, é que o cão pode não se dar conta do próprio tamanho durante as brincadeiras e ser bastante estabanado.

O Boxer também não costuma latir, a menos que esteja em um momento de empolgação, aí ele mostrará o quanto está feliz em alto e bom tom.

Por ser um animal bastante inteligente o adestramento também não será uma tarefa difícil, embora possa ser um pet um tanto teimoso, nada que um pouco de paciência, carinho e alguns petiscos não resolvam. Bastante territorialista, pode não se dar bem com pessoas desconhecidas. O recomendado é que se socialize o cachorro desde filhote para evitar possíveis problemas.

Para facilitar no adestramento e também ter um cão geralmente mais calmo, uma boa dica é sempre o levar para passeios e realizar brincadeiras e atividades para que gaste energia acumulada.

Cuidados com a higiene

O Boxer é inteligente e tem personalidade forte
Vidhey Pv/Unsplash
O Boxer é inteligente e tem personalidade forte

Com pelos curtos e duros, os Boxers não exigem grandes cuidados. Para a redução da queda e para manter os pelos sempre brilhantes, a escovação é recomendada ao menos uma vez por semana. Por terem pelos bem curtos luvas ou escovas com cerdas macias são mais indicadas.

Os Boxers são conhecidos por serem cães bastante limpos e independentes quanto à própria higiene – quase como um gato -, por isso os banhos não precisam ser tão frequentes. A menos que o cão se suje muito em brincadeiras ou passeios, os banhos devem ser dados apenas quando o tutor achar que é necessário.

Ao dar o banho em casa, o tutor deve se lembrar de secar bem a região das orelhas.

Cuidados com a saúde

Apesar de serem cães muito enérgicos e que precisam de espaços maiores para brincar e correr, os Boxers não devem ser criados em ambientes externos. A pelagem curta não é uma boa proteção para altas temperaturas, além de se tratar de uma raça de focinho curto, ou seja, são braquicefálicos, e não conseguem regular a temperatura do corpo de maneira eficaz. A braquicefalia também aumenta a tendência a desenvolver problemas respiratórios e cardíacos.

O cuidado com as unhas é essencial com qualquer raça de cachorro. Elas tendem a crescer um pouco mais rápido e necessitam de um cuidado ainda maior, com cortes feitos com certa frequência, para evitar que o cão se machuque.

As patas traseiras são mais baixas que as da frente, o que os torna suscetíveis a doenças como a displasia de quadril. Entre os problemas relacionados à genética estão possíveis tumores que aparecem em diferentes partes do corpo, por isso o tutor deve estar sempre atento à presença de nódulos pelo corpo, além de mudanças de comportamento e a perda de apetite.

Levar o animal de estimação para consultas com um médico veterinário é essencial para que o pet tenha uma vida mais saudável e feliz.

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