Hoje (9) é comemorado o dia do veterinário.  O que seriam dos nossos bichinhos de estimação sem esses profissionais dedicados a garantir o bem estar deles? Atualmente o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de países com o maior número de médicos veterinários no mundo.

Não é por acaso. Segundo dados do IBGE, são aproximadamente 54,2 milhões de cães, 39,8 milhões de aves, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes e 2,3 milhões de outras espécies (répteis, anfíbios e pequenos mamíferos) nas casas brasileiras. Esses números significam que temos mais cães e gatos do que crianças nos lares do país e destacam a relevância do profissional cuidando de nossos animais de estimação.

Conheça a seguir as histórias de duas profissionais cujo o trabalho, como de todos os outros veterinários, é fundamental para a sociedade.

Camila Conte , formada em medicina veterinária há quase 6 anos, conta que escolheu a profissão com 4 anos de idade. "Desde pequena tenho um carinho pelos animais, meu objetivo sempre foi ajudar aqueles que não tem voz. Ser veterinária é ajudar toda uma sociedade, garantir a defesa sanitária, a preservação do meio ambiente, é dar qualidade de vida tanto para os animais, quanto para gente", afirma.

Mulher com 3 cachorrinhos
Camila Conte
Camila Conte

A especialista é engajada em ajudar em operações de resgates de animais em situações de maus tratos. Ela recentemente ajudou os animais resgatados no caso das rinhas de pitbulls em Mairiporã .  "Eu era a única veterinária lá e tive que diagnosticar todos os cachorros durante a madrugada. Foi bem forte, não tenho nem palavras para a cena que vi".

Camila conta que precisou abandonar o lado emocional e se guiar com o racional devido ao verdadeiro show de horrores que presenciou. "Me pediram para identificar a carcaça de um cão, que eu percebi que era um filhote. Ele estava assado, provavelmente para as pessoas dali comerem", conta.

Outro caso que a abalou foi quando resgatou outros dez animais de uma casa de acumuladores. "Eles estavam cheio de sarna, com a pele em carne viva, alguns sem um dos olhos. Fiquei muito mal, parecia que eles [os tutores] não tinham conhecimento de que o que estavam fazendo era maus tratos, por serem acumuladores". 

A veterinária conta que realiza outras operações de resgate quando protetores solicitam por sua ajuda médica ou até para conversar com tutores e tentar entender o motivo dos maus tratos, se aquilo realmente se enquadra como tal. Ela recebe vídeos de denúncia, entra em contato com o Departamento de Polícia e ao autorizar ela segue para salvar mais vidas.

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Bruna Rosa  trabalha no Instituto Magnus, local de treinamento para cães-guia. Com o intuito de promover uma mudança social e melhor incluir pessoas deficientes visuais escolhendo e cuidando de seu futuro melhor amigo, a veterinária diz que o projeto tem muito do seu coração: "quando fui conhecer, meu coração já saiu dali falando: você vai vir trabalhar aqui e associar o que você mais ama fazer (cuidar dos cães) e poder ajudar alguém".

Cão do Instituto Magnus
Instituto Magnus
Cão do Instituto Magnus

"Para mim, trabalhar com os cães não é um trabalho, porque eles são demais. Não me canso de olhar para aquelas carinhas lindas todos os dias, mas temos muitas tarefas. A saúde tem que estar em primeiro lugar, assim, então realizamos consultas mensais em todos os cães, vários tipos de exames. Hoje inclusive contamos com um centro cirúrgico completo em em nosso complexo, pois estamos com quase 20 cães em treinamento e mais de 40 em socialização", conta.

Uma das histórias mais marcantes para Bruna durante o tempo no projeto foi de uma moça jovem, casada e mãe, teve um tumor cerebral, e precisou passar por uma cirurgia que acabou resultando na perda total de sua visão. "Ela se encontrou nessa situação praticamente do dia pra noite. Infelizmente seu casamento também acabou e ela se virou sozinha com casa, filha e nova rotina. Quando foi contemplada com um cão-guia fiquei super emocionada e vi que o trabalho que realizamos com os cães aqui no Instituto fazem a real diferença na vida das pessoas, e na vida dos animais, que recebem muito amor", conta a veterinária.

Assim como Camila, Bruna também entende a profissão como uma forma de ajudar não só os animais, como também fazer a diferença na vida das pessoas. Um trabalho extrememante necessário na sociedade que ajudar a fazer do mundo um lugar melhor.

A importância do veterinário para a saúde do pet ao longo da vida

É comum encontrar tutores que pensam que a ida ao veterinário dever ser apenas para tratar alguma doença ou tomar vacinas. No entanto, a melhor maneira de cuidar da saúde do animal é a prevenção. Levá-lo com frequência para realizar exames e check-ups – além do reforço anual das vacinas – auxilia na manutenção da saúde e prolonga sua qualidade de vida.

Segundo Lara Volpe, veterinária da Fórmula Natural, as consultas preventivas e check-ups são muito importantes, pois auxiliam no diagnóstico precoce de doenças, "Algumas doenças podem apresentar prognóstico favorável quando descobertas em seu estágio inicial. Se o pet for adulto e não apresentar nenhum tipo de sinal clínico, os check-ups podem ser realizados uma ou duas vezes por ano, inclusive aproveitando o momento da vacinação".

A frequência das consultas de um animal saudável depende da idade e da raça dele. Assim como bebês, os filhotes também precisam de mais atenção nesta fase da vida. Até os doze meses de idade, o seu pet deve fazer consultas mensais no veterinário para que ele possa acompanhar o crescimento e o desenvolvimento dele.

A partir de 1 ano de idade, gatos e cães pequenos e médios são considerados adultos, enquanto cães de porte grande e gigante atingem essa fase aos 1,5 anos. Nessa fase da vida, consultas anuais serão o suficiente. Quando o animal entra no estágio mais idoso, as consultas semestrais são as mais indicadas, para acompanhar de perto a saúde do bichinho, já que é natural que alguns aspectos sejam afetados, como o possível aparecimento de doenças degenerativas, entre outras, que alteram o funcionamento de funções vitais, tornando o pet, gradativamente, mais frágil e debilitado.


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