Labrador
Reprodução/Penn Vet
Animais estão sendo testados para confirmar se conseguem identificar presença do vírus

Oito cães da raça labrador retriever - e seus narizes poderosos - foram recrutados para ajudar no combate ao novo coronavírus nos EUA. Eles são os primeiros participantes de uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia, divulgada pelo "The Washington Post", que pretende determinar se eles podem farejar a Covid-19 e assim ajudar a impedir sua propagação.

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Se conseguirem, os cachorros podem ser usados ​​em uma espécie de vigilância canina, rastreando infectados de maneira não invasiva em hospitais, empresas e aeroportos. Isso não seria surpreendente, diz o jornal americano, já que, além de drogas, explosivos e alimentos contrabandeados, eles já provaram ser capazes de detectar malária, câncer e até uma bactéria que assola os cítricos da Flórida.

"Estudos já descobriram que os vírus têm odores específicos", disse Cynthia M. Otto, líder do projeto, ao "The Washington Post": "Não sabemos se será o odor do vírus, por si só, ou o da resposta ao vírus, ou uma combinação. Mas os cães não se importam com o que é o cheiro… O que eles aprendem é que há algo diferente nessa amostra que não tem nessa outra amostra. Acredito que eles poderiam detectar o vírus se a gente pudesse treiná-los de forma adequada e segura".

Miss M., Poncho e outros seis labradores de cor chocolate, amarela e preta começaram a primeira etapa do treinamento - aprendendo a identificar odores em troca de uma recompensa alimentícia - este mês. Em seguida, eles usarão amostras de urina e saliva coletadas de pacientes que apresentaram resultados positivos e negativos para Covid-19 no Hospital da Universidade da Pensilvânia e no Hospital Infantil da Pensilvânia.

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Otto disse ao jornal que a etapa a seguir é mais complicada: aprender a detectar o vírus em um ser humano . "Será que poderemos treiná-los para identificar quando uma pessoa tem o coronavírus se ela está se mexendo? Ou mesmo parada?", perguntou a cientista.

Uma pesquisa semelhante está em andamento na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, onde pesquisadores já demonstraram que cachorros podem ser treinados para farejar infecções por malária em humanos e também tentam averiguar se o mesmo pode ser feito com o coronavírus.

"Ainda é cedo para a detecção de cheiros da Covid-19 ", afirmou James Logan, chefe do Departamento de Controle de Doenças da escola londrina, em um comunicado: “Ainda não sabemos se ela tem um odor específico, mas sabemos que outras doenças respiratórias alteram o cheiro do nosso corpo, então há uma chance. E se isso acontecer, os cães serão capazes de detectá-lo. Essa nova ferramenta de diagnóstico pode revolucionar nossa resposta ao coronavírus”.

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O objetivo de Logan é colocar inicialmente seis cachorros nos aeroportos do Reino Unido: "Cada um pode rastrear até 250 pessoas por hora. Estamos trabalhando simultaneamente em um modelo que possa ser implantado em outros países, nos portos de entrada, incluindo aeroportos".

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