Muitas cidades brasileiras têm sofrido com as chuvas neste verão. Na madrugada desta segunda-feira (10), uma tempestade em São Paulo provocou enchentes e até desabamentos . Durante essa época de tempestades, os cuidados com o animais de estimação devem ser redobrados, mesmo com aqueles cães e gatos que não demonstram ter medo de trovões e água.
Thaís Matos, veterinária da Dog Hero, explica que o principal fator de risco das chuvas para os animais é a exposição a microorganismos e bactérias. "Nesse período existem algumas doenças que ocorrem com maior incidência, como problemas de pele e leptospirose. Ao serem expostos a chuva, os cães podem contrair bactérias, microorganismos e parasitas, e assim vir a desenvolver sintomas dessas enfermidades."
Por isso, evitar que o animal entre em contato com água parada e tome chuva, além de manter seus pelos secos e as medidas profiláticas (vermifugação, vacinas, etc) em dia é de extrema importância para a manutenção da saúde dele. Confira abaixo algumas dicas para manter o pet seguro.
Cuidado com a leptospirose
O período de chuvas pode trazer estragos às cidades e alguns bairros sofrem de enchentes e inundações. Em situações extremas como essas, o cão não deve ter contato com a água, que pode estar contaminada e transmitir a doença. Além disso, para reforçar a proteção do cachorro, o tutor precisa vaciná-lo periodicamente a cada seis meses. Apesar de não serem 100% eficazes, as vacinas V8 e V10 já previnem a leptospirose.
Não deixe o animal matar a sede na água parada
Para muitos animais, água é água e não é incomum que eles queiram matar a sede nas poças d'água - principalmente aqueles que vivem em quintais ou passeiam muito na rua. O problema é que ingerir água empoçada expõe os pets a diversos riscos: ele pode contrair bactérias, parasitas e até sofrer de intoxicação se houver resquícios de pesticida ou gasolina na água.
Proteja o cachorro durante os passeios
Muitos gatos são livres para andar nas ruas, o ideal é prende-los dentro de casa nos dias de chuva. Já os cães que possuem uma rotina de passeios praticamente indispensável, a dica é investir em algum tipo de proteção, por exemplo um guarda-chuva específico para pets. Na cidade de São Paulo também há opções de passeios em locais cobertos que oferecem até um espaço de diversão para os cachorros.
Mesmo que o cão tenha ido passear na rua com uma capa ou guarda-chuva, as patas continuam expostas. Para evitar frieiras e outras doenças, Thaís recomenda que o tutor higienize as patas do animal assim que voltar para casa e, caso eles se molhem completamente, seque-os.
Atenção na quantidade de banhos e secagem dos pelos
Tomar chuva não é sinônimo de necessidade de banho. O dono pode apenas higienizar o pelo usando um shampoo a seco e secar bem. Banhos em excesso somados a uma secagem inadequada são uma combinação arriscada. “A ideia de deixar o cachorro se secar naturalmente é complicada, principalmente para animais de pelo grossos. Há o risco deles desenvolverem alergias e até mesmo em gripes”, pontua a veterinária. Como a secagem é uma etapa fundamental, o uso de toalhas e secadores de cabelo é interessante.
Fique de olho na pele do animal
Em um período intenso de chuvas, a umidade do ar aumenta, o que deixa a pele do cão mais sensível e facilita o aparecimento de dermatites. “Estratégias como manter o pelo aparado, bem penteado e seco impedem o desenvolvimento dessas doenças”, indica Thaís. Além disso, a profissional pontua que algumas raças são mais propensas a desenvolverem a inflamação por razões anatômicas tais como dobras na pele e tipo de pelo.