Com maior risco no frio, ‘gripe canina’ pode gerar doenças mais graves

Com a chegada do frio e tempo seco, os riscos de contaminação aumentam; veja como manter o seu pet protegido

A traqueobronquite infecciosa canina não oferece riscos aos seres humanos
Foto: Reprodução/freepik
A traqueobronquite infecciosa canina não oferece riscos aos seres humanos

Uma doença muito semelhante à gripe humana, a traqueobronquite infecciosa canina acomete cães em todo o mundo. Animais de todas as idades podem contrair a doença, embora filhotes e idosos sejam mais vulneráveis.

Apesar da semelhança com a gripe humana, se trata de uma doença infecciosa inflamatória exclusiva dos cães, não sendo transmissível ao homem. A doença não tem caráter emergencial e acomete principalmente a traqueia e os brônquios. Desse modo, conforme explica a  médica-veterinária Carla Maion, se não for tratada, a doença pode evoluir para uma pneumonia.

A transmissão ocorre por meio de bactérias, como a Bordetella bronchiseptica, e os vírus da parainfluenza canina, embora vários outros agentes possam estar envolvidos – assim como outros vírus e bactérias associados.

A doença pode afetar cães a partir de duas semanas de vida e tem caráter sazonal, sendo sua maior incidência em épocas secas e frias do ano.

Geralmente, os animais mais acometidos são aqueles com maior contato com outros cães, especialmente em ambientes de aglomerações, como creches, hotéis, praças e parques. Devido à falta de ventilação, em locais fechados o risco se torna ainda maior.

Como identificar a doença?

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Filhotes e idosos são mais suscetíveis à contaminação

Carla diz que os sinais estão ligados ao sistema respiratório superior, como tosse seca recorrente ou produtiva, “por isso também é conhecida popularmente como Tosse dos Canis”.

“Pode ocorrer perda ou redução do olfato devido à secreções nasais e comprometimento do apetite de forma secundária”, explica.

Os sintomas mais evidentes surgem principalmente após momentos de excitação e atividade física. “Cansaço fácil e indisposição podem ocorrer até o final do curso da doença”, afirma.

O diagnóstico junto ao veterinário

O diagnóstico da Traqueobronquite Infecciosa Canina é investigativo e por meio de exames de sangue e de imagem do tórax para descartar outras possíveis doenças.

É importante conhecer a rotina do animal e ambientes que costuma frequentar, além de histórico clínico.

Como é feito o tratamento?

“O tratamento é sintomático uma vez que a doença é considerada autolimitante e os animais tendem a se recuperar bem sozinhos”, diz a veterinária.

Contudo, em caso de sintomas mais graves, o tratamento deve ser feito com outros suportes como exames complementares e até mesmo a internação do pet.

Assim como a gripe, não existe um tratamento específico para a Traqueobronquite, mas pode ser feito por meio de acompanhamento com o médico-veterinário, que irá indicar o melhor tratamento para cada caso.

Como prevenir a doença?

A prevenção pode ser feita de maneiras simples, como evitar levar o cachorro para locais com muitos animais juntos que não tenham um “histórico de saúde”, além de manter o pet saudável e bem alimentado.

“Se o animal já tem um sistema imune frágil a chance de se contaminar também é maior, portanto, o ideal é tomar mais cuidados e, se possível, imunizar o animal para fortalecer as próprias defesas caso tenha contato com o agente”, diz.

A vacina  deve ser sempre atualizada, conforme a recomendação do médico-veterinário. “Ela [vacina] propõe um estímulo imunológico para que, quando em contato com a doença, o pet tenha sintomas mais leves ou não os tenha, embora ela não impeça a contaminação”, finaliza a veterinária.

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