De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira nas pessoas. Nos pets, ela também é bastante comum, e se não for cuidada da forma correta, também pode deixar seu animal cego. Mas como saber se meu bichinho tem catarata? Eduardo Pacheco, Médico-veterinário e membro da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), explica.

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O que observar no pet:

  • Aparecimento de secreções
  • Desconforto nos olhos
  • Alteração na coloração dos olhos (aparência mais azulada)
  • Mudança no comportamento do animal: passa a raspar a face nos objetos, coçar com a própria pata, apresentação de certa irritabilidade
  • Piscadas e/ou lacrimejamento excessivo
A catarata é doença bastante comum nos pets, principalmente em cães
shutterstock/Reprodução
A catarata é doença bastante comum nos pets, principalmente em cães

“Há alterações que não são visíveis para o tutor, por isso, é sempre indicado ir a uma consulta com médico-veterinário oftalmologista pelo menos uma vez ao ano”, orienta Eduardo.

Algumas raças de cães e gatos podem ser mais predispostas a ter a doença, como poodle, cocker, yorkshire, labrador, rottweiler, shih tzu e gatos persas ou exóticos. Apesar de acometer ambas as espécies, ela é mais comum nos cachorros. 

O que fazer se meu pet tem a catarata?

O tratamento da catarata é cirúrgico. Depois de descartadas outras doenças e alternativas pelo médico veterinário, procede-se a remoção do conteúdo opacificado do cristalino e insere-se uma lente intraocular artificial, que recuperará a visão do seu animal.

Se o tratamento cirúrgico não for possível, deve-se deixar o ambiente mais seguro possível para o pet, por exemplo, não mudando os móveis de lugar, pois com o tempo o animal se adapta ao caminho de todos os dias e passa a não bater mais nos objetos que estarão sempre no mesmo local.

Prevenção

A prevenção pode ser realizada com a retirada de animais com catarata da reprodução para não haver a transmissão hereditária para seus descendentes. Como outras formas de prevenção, é indicado manter uma limpeza diária da região periocular e fazer sempre uma tosa higiênica da região.

E, o mais importante, visitas regulares ao médico veterinário, que ao menor sinal de alteração pedirá exames ou encaminhará a um especialista para seguir com diagnóstico e tratamento.

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