As alergias estão entre os principais motivos de atendimento em clínicas veterinárias . E, diferente do que muitos pensam, a coceira não é o único sinal que indica para o problema de saúde em cães - lambedura das patas, otite (infecção e inflamação dos ouvidos) e inflamação ao redor dos olhos e dos lábios também são sintomas. 

Eloísa Carvalho, veterinária especialista em dermatologia, explica que as alergias estão divididas em três grupos. "O primeiro é a dermatite alérgica à picada de pulga e carrapato (DAP); o segundo é a hipersensibilidade alimentar, causada principalmente pela ingestão de proteínas de alto peso molecular, como frango, carne bovina, muito arroz e cenoura; e o terceiro é a dermatite atópica, alergia à componentes ambientais como ácaro de poeira, pólen, grama, fumaça de cigarro, poluição e outros fatores ambientais."

Os buldogues estão entre as raças com mais predisposição a alergias
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Os buldogues estão entre as raças com mais predisposição a alergias

Essas alergias costumam se desenvolver em cachorros que já são geneticamente suscetíveis. As principais raças acometidas são shih tzu, lhasa apso, buldogue, golden retriever e labrador. Geralmente os sintomas se apresentam quando o pet tem entre um e três anos de idade, mas isso não é regra, já que alguns desenvolvem a doença mais idosos. 

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O ideal é que quando algum dos sintomas (coceira, otite, lambedura das patas e inflamação ao redor dos olhos e dos lábios) for percebido, o dono procure um veterinário especializado em dermatologia. Não há uma rotina específica para o diagnóstico, que normalmente é feito por exclusões. A partir do momento em que o tipo de alergia é identificado o tratamento é definido. "A dermatite atópica, por exemplo, é de difícil cura, mas conseguimos controle. Às vezes um animal precisa de uso de shampoo ou medicação continua para conseguir controlar a crise", explica Eloísa. 

A veterinária ainda lista algumas dicas para o dono tentar evitar que o cachorro desenvolva algum tipo de alergia.

  • Aspirar muito bem a casa;
  • Não usar produtos de limpeza com o cheiro muito forte; 
  • Depois de usar desinfetante ou qualquer outro produto, passar pano com água e ventilar bem a casa para não deixá-la com umidade; 
  • Não fumar perto do cachorro;
  • Não passar perfume ou desodorante perto do pet; 
  • Fazer um controle de pulgas no animal e no ambiente; 
  • Evitar dar alimentos além dos indicados pelo veterinário, principalmente  pão, bolacha, frango e semelhantes. 

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