Você já percebeu que os cães também possuem dedos? Muitas pessoas não reparam nas patas de cachorro e nem imaginam que elas são formadas por dedos, assim como as nossas mãos e pés. Normalmente, as patinhas dianteiras são constituídas por cinco dedos, enquanto as traseiras se restringem a apenas quatro.
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Contudo, em algumas raças, uma má formação faz com que o pet nasça com cinco dedos nos pés de trás. Apesar de ser uma anomalia genética , não é uma condição muito preocupante e pode ser solucionada com uma cirurgia simples. Saiba mais sobre esse quinto dedo nas patas de cachorro .
Os perigos que o quinto dedo trás à saúde
Mesmo que algumas raças sejam mais predispostas do que outras, o quinto dedo pode aparecer em qualquer canino, pois se trata de uma má formação genética. É um problema simples e facilmente resolvido, mas sua presença pode desencadear algumas complicações na saúde.
Esse dedo a mais não está agarrado à pata da mesma maneira que os outros. Ele é formado apenas de pele e músculo, não há ossos. Por causa disso, alguns problemas de saúde podem ser desenvolvidos. Primeiramente, por não haver um osso que o segure a pata, existe a chance dele se desprender de muitas formas, provocando fortes dores no animal.
Além disso, como ele é menor e não atinge o solo enquanto o pet caminha, não irá se desgastar com tanta frequência quanto os outros. Isso provoca um crescimento desenfreado do mesmo, podendo machucar o pelo e a pele do bichinho.
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A consequência da falta do desgaste é um grave problema que causa manqueira, dor e, em casos extremos, uma possível amputação da pata. Se seu canino nasceu com tal anomalia, o recomendado é sempre amputar, uma vez que o quinto dedo é inútil.
Mas, caso não tenha dinheiro para realizar a cirurgia no momento, aconselha-se cortar a unha regularmente e verificar se algum outro problema possa estar nascendo. Em caso positivo, entre em contato com seu veterinário de confiança.
Raças predispostas a ter o quinto dedo
Apesar de ser uma má formação genética, acredita-se que algumas raças possam ter desenvolvido o quinto dedo devido uma adaptação ao meio ambiente, como é o caso do Mastim e São Bernardo. Ambos são originários de regiões frias e montanhosas, onde é imprescindível ter uma pisada firme.
Tendo isso em mente, algumas pessoas acreditam que o dedo a mais foi desenvolvido com o intuito de dar apoio e maior sustentação a pata. Embora esse quinto dedinho não tenha osso e seja mais fraco do que os restantes, é uma teoria que faz sentido considerado os locais de origem das raças.
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Além do Mastim e São Bernardo, outras raças também podem desenvolver tal anomalia e, nesses casos, está exclusivamente relacionado a uma má formação da pata. O Pastor Alemão, o Rottweiler e até mesmo raças de pequeno porte, como o Yorkshire e o Poodle, podem apresentar este dedo a mais nos seus pés traseiros.
À exceção do Mastim e São Bernardo, o quinto dedo não é permitido pela sociedade de registros e deve sempre ser removido quando o animal é filhote. Mas atenção, isto deverá ser recomendado pelo veterinário.
Como funciona a cirurgia de remoção?
Logo que o canino nasce, verifique se ele possui o quinto dedo. Em caso positivo, entre em contato com o veterinário para marcar uma cirurgia o quanto antes. Assim você evitará problemas futuros e será bem menos traumático para o peludo.
A cirurgia de remoção é bastante simples, não dói e dura aproximadamente 10 minutos. Não precisa ficar com receio ou medo, pois o bichinho não sentirá nada. Animais com mais de seis meses não são obrigados a fazer, desde que não seja observado incômodos e possíveis problemas na saúde. O veterinário é quem irá decidir a necessidade de cirurgia.
Mas, se o dedo estiver prejudicando, deverá ser removido o quanto antes. Tenha em mente que o pós-operatório é lento e provavelmente o animal tentará coçar, lamber e remover o curativo. O uso do colar elisabetano será necessário para evitar essa situação. Nesse período o pet também andará de forma estranha e talvez sinta dores nas patas.
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Durante a fase do pós-operatório, é recomendado que os donos fiquem mais atentos a ações do bichinho e sejam especialmente cuidadosos. Manter os olhos abertos e consultar o veterinário sempre que necessário irá garantir a boa recuperação das patas de cachorro. Em pouco tempo o bichinho voltará a brincar e ser muito alegre.