Apesar de boa parte dos brasileiros morarem longe de florestas, não significa que estão livres de insetos e animais perigosos. Na verdade, com a expansão das cidades, esses bichos se adaptaram ao ambiente urbano e encontraram nas casas um bom esconderijo. É por isso que hoje em dia muitas pessoas levam picada de animais peçonhentos dentro do próprio lar.
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Por causa do aumento da presença desses bichos, os cães e gatos também se tornaram alvos fáceis. O verão é a estação mais propicia para o aparecimento deles, pois estão à procura de lugares úmidos para fugirem do calor. As casas com sombra, plantas, pedras e vasos são perfeitas. Então, a chance de você ou seu pet levar uma picada de animais peçonhentos é bem maior em dias quentes, mas não significa que no inverno estão livres.
Esse risco se torna maior para quem vive próximo a rios, lagos, lixões, matas, construções e terrenos abandonados sem limpeza. Diferente da área urbana comum, que o perigo maior é apenas no verão, nessas localidades você e seu bichinho estão expostos frequentemente a animais peçonhentos. Isso porque esse bichos gostam de viver próximos a entulhos, água e árvores.
Mas afinal, o que é um animal peçonhento?
Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas especializadas que produzem e secretam veneno para caçar ou se defender. A substância tóxica é liberada por meio de estruturas específicas desenvolvidas por seus corpos, como presas. Exemplos desses bichos são cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos.
É imprescindível que se conheça cada um desses animais porque a toxina que liberam podem causar danos gravíssimos à saúde, podendo levar até a morte e com os pets não é diferente. Eles estão tão vulneráveis a esses bichos quanto nós. Por isso, é importante que os tutores saibam como lidar em casos de picada para salvar a vida do seu peludo.
Animais peçonhentos mais comuns
Dentre todos na lista de animais peçonhentos, alguns estão envolvidos frequentemente em casos de picada em cães e gatos. São eles:
- Abelhas (africana, europeia, africanizada)
- Aranhas (aranha armadeira, caranguejeira, aranha marrom, tarântula)
- Escorpiões (escorpião preto e o amarelo)
- Serpentes (coral, jararaca, cascavel, surucucu)
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Sintomas de uma picada
Se o seu cão ou gato for picado por um animal peçonhento, é preciso ficar atento aos sintomas para saber como proceder. Nesses casos, o principal indício é o sangramento no local da picada, mais comum no nariz, na boca e na região da gengiva. É normal que o local atingido comece a inchar e mudar de cor, ficando vermelho por exemplo. Além disso, vômitos podem aparecer.
Por causa da perda de sangue e da ação do veneno, o bichinho pode ficar fraco, ter dificuldades para andar, coceira na região, a respiração falhar, ter taquicardia, problemas nos rins e muita dor. Mesmo que esses sintomas sejam comuns em todos os tipos de picada, na maioria das vezes irá depender de como o organismo reage ao veneno.
O perigo da picada de serpente, escorpião e aranhas
Se seu pet foi envenenado por uma serpente, as alterações resultantes podem ser neutotóxicas, hemorrágica, necrosante e/ou hemolítica. Cães que moram em áreas rurais e são livre para andar pelo território são os mais propensos.
No caso de picada de escorpião, dificilmente tem consequências fatais, porém causa bastante dor e vermelhidão. A atenção redobrada é com animais com problemas cardíacos, pois os sintomas se agravam e poder ser até fatais.
Já as aranhas são mais perigosas para os pets. A caranguejeira, por exemplo, tem uma picada bem dolorida e provoca urticária, uma vez que seu corpo é recoberto por pelos. O veneno da aranha marrom também é bem grave e tem propriedades necrosantes, podendo causar perda de tecido em grandes áreas.
Primeiros socorros
Os primeiros socorros são importantes para controlar a propagação do veneno, mas nada substitui o atendimento médico. Dessa forma, durante o trajeto até a clínica, será necessário praticar algumas técnicas para evitar que a toxina se espalhe pelo corpo e o animal tenha mais chance de ser salvo.
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Primeiro, olhe pelo ambiente com atenção para descobrir qual foi o animal peçonhento que picou seu pet. É muito importante registrar o máximo de informações que puder, como espécie, tamanho, cor, se tem manchas, etc. Sabendo disso, repasse ao profissional na hora do atendimento para que o bichinho receba o soro correto.
Jamais tente perfurar ou cortar a pele do animal para remover o veneno. Isso não irá funcionar e só causará mais dores. A melhor atitude é restringir seus movimentos. Quanto mais ele se mexe, seja correndo ou andando, maiores são as chances da substância se espalhar pela corrente sanguínea. Se isso acontecer, os efeitos colaterais podem piorar e alcançar o coração ou cérebro.
O ideal é manter o animal quieto e com a área picada abaixo do nível do coração. Isso irá retardar o avanço do veneno e, consequentemente, evitar que ele sofra com febre, dores e outros sintomas. Se possível, antes de sair de casa, lave o ferimento com sabão e água gelada. Higienizar a região retira as bactérias, elimina a chance de infecção e reduz a propagação do veneno.
Caso apareçam edemas no local da picada, prepare compressas geladas para diminui-las. Após lavar a área afetada, molhe uma toalha com água fria e aplique gelo por cima. Além de reduzir o inchaço, também controla o fluxo de sangue e, ao mesmo tempo, retarda o pregresso do veneno.
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Chegando ao veterinário, informe detalhadamente o que ocorreu e diga com precisão o animal que picou seu pet. Ele saberá qual soro utilizar para eliminar o veneno. Quando mais rápido for o atendimento, melhores serão os resultados e nada grave ocorrerá por causa da picada de animais peçonhentos .