Existe uma série de mistificações em volta do procedimento de aparar as asas de uma calopsita. Muitas pessoas afirmam que isso é um ato cruel contra os bichinhos, pois privam eles do direito de voar. Mas o processo, se feito corretamente, ainda permite que se alce voo. A diferença é que o animal vai conseguir a planar apenas por uma distância delimitada, evitando assim que ele fuja e se envolva em situações perigosas.
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Aparar as asas do pet não o transforma em um animal terrestre. O ato de voar é essencial para uma ave; que o usa para se locomover, evitar predadores, se alimentar e se exercitar. O procedimento torna o pet mais manso, evita acidentes (como colisões contra objetos e paredes), dá mais liberdade para o bichinho fora da gaiola e o torna o ambiente caseiro mais controlável.
Como aparar as asas de uma calopsita?
Esse não é um procedimento difícil, mas exige paciência e habilidade em manter o pássaro imobilizado em sua mão. O ideal é que seja realizado por duas pessoas, onde uma segura a ave e a outra realiza o corte. Caso você seja um criador inexperiente, procure a orientação de um veterinário.
Quais penas eu devo cortar?
No momento do corte, é importante preservar as duas primeiras penas das asas da ave - que são as principais responsáveis pelo equilíbrio do animal. A partir desse ponto, as outras 8 penas deverão ser cortadas - as calopsitas tem um total de 10 penas primárias.
Não corte muito próximo ao "caule" da asa, onde as penas são mais espessas. Isso pode gerar problemas de equilíbrio ou até mesmo machucar o animal. A ave também precisará de um período de adaptação à nova condição. Mantenha um poleiro próximo ao chão durante algumas semanas.
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Os problemas de um corte incorreto
É vital que esse procedimento seja feito da maneira correta, caso contrário a saúde e qualidade de vida do bichinho será comprometida. Penas mal cortadas podem resultar em:
- Perda de equilíbrio, ocasionando quedas e machucados no animal;
- Lesões nas asas que, em muitos casos, podem ser definitivas;
- Perda de sangue nas penas que ainda estavam em fase de desenvolvimento;
Além disso, por conta do medo de se machucar, o pássaro pode se mostrar excessivamente estressado e medroso em se deslocar na gaiola e em outros espaços.
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Mesmo após aparar as asas a calopsita ainda precisa de supervisão constante quando fora da gaiola. Fique atento com o crescimento das penas, o procedimento precisa ser repetido sempre que elas atingirem certo comprimento.