A depressão é tida como um problema mais comum no século XXI, apesar de existir há muito mais tempo, mesmo antes de ser cientificamente considerada. Em meio a ambientes estressantes, correria e às vezes solidão, é difícil equilibrar tudo - e com os pets não é diferente. Eles também vivem momentos complicados e nem sempre conseguem expressar. Mas um tutor deve saber identificar um gato com depressão e principalmente como agir.
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Alguns felinos costumam ser mais fechados e menos calorosos em comparação com a maioria dos cachorros e dificulta o trabalho do tutor e do veterinário. Porém, com algumas dicas é possível ajudar um gato com depressão e garantir uma qualidade de vida a ele. E, a partir do momento que o animal não fala, a atenção do dono tem de ser redobrada.
Como identificar um gato deprimido
Não só a parte psicológica do pet é afetada pela depressão. A fisionomia dele muda bastante e é um dos primeiros sinais a serem notados. Ao notar qualquer diferença no comportamento do felino, o tutor deve procurar com urgência um veterinário. Até porque pode ser uma outra doença ainda mais grave.
Normalmente o bichano fica apático, triste e desanimado com relação a tudo que gostava antes. Perde a vontade de brincar, fica quietinho em um canto, dorme mais do que o normal e movimenta-se pouco. Começa a se afastar de humanos e recusa não só visitas, mas também a própria família, ficando solitário, Nessa situação, não force-o a brincar ou a fazer o que não quer. Se ele chegou ao ponto de recusar qualquer incentivo, precisa de cuidados.
Ele chega a ficar agressivo e bastante arisco quando tem esse quadro. É difícil até para o tutor lidar com isso. Além de miar mais do que o comum e ficar mais manhoso.
A falta de apetite acompanhada de possível perda de peso
são sinais claros de algum distúrbio e incômodo, não necessariamente a depressão em si. Do mesmo jeito, fazer xixi fora do lugar e usar a caixa de areia de maneira errada denotam problemas. O comum é observar um comportamento bastante limpo por parte dos felinos. Se ele estiver urinando e defecando pela casa toda, consulte o médico.
A lambedura compulsiva merece alerta. Uma coisa é o felino passar a língua nas patas como forma de "banho de gato", apenas para se limpar; outra é lamber-se, coçar-se e cutucar as partes do corpo de forma compulsiva, causando feridas e problemas de pele .
No entanto, exames clínicos e laboratoriais são determinantes para definir o diagnóstico e não se deve dar nenhum medicamento ou tomar medidas por conta própria com relação ao pet antes de uma prescrição do especialista. E é importante lembrar que o fato de ele ficar desobediente, sem fome ou agressivo pode estar associado a outros problemas às vezes sem nenhuma ligação com esse.
O que leva o gato à depressão?
Felinos são sensíveis a mudanças bruscas , seja de ambiente ou apenas de rotina - ou ainda trocar móveis de lugar dentro de casa. Mudar de casa pode ser nocivo à saúde desse pet e representa uma adaptação profunda e paciência da família. E se tiver muita dificuldade para se adaptar pode sentir falta de onde morava, por exemplo, o que resolta em uma tristeza.
Estresse e nervosismo são possíveis desencadeadores. Ao viverem um ambiente conturbado, com muita correria, pessoas gritando ou impacientes, os gatinhos captam a energia da casa e logo ficam do mesmo jeito. Além disso, uma série de fatores deixa um bichano estressado , como a falta de carinho, o fato de ir ao petshop e até má alimentação.
A perda de alguém querido para o pet também é uma causa. Se não tem mais a companhia daquele gatinho que gostava ou alguma pessoa morreu ou mudou-se de casa, pode se sentir bastante solitário. Nesse caso, o melhor é dar bastante atenção a ele e ter paciência até se acostumar.
Deixá-lo sozinho por horas seguidas e ficar pouco tempo com ele pode resultar em uma tristeza profunda também. Ao adotar um pet tenha em mente que é necessário passar pelo menos algumas horas por dia ao lado dele, brincando, dando carinho e apenas fazendo companhia. Se o dono é muito ocupado, o ideal é encontrar alternativas para deixá-lo entretido, como manter alguns brinquedos por perto ou outro gatinho junto.
Mais do que necessidade fisiológica, o momento da alimentação é sinônimo de diversão para o felino. Por isso, quando as refeições ficam iguais e sempre monótonas o pet fica incomodado e triste. Além disso, se ele não tiver uma dieta equilibrada, com nutrientes e vitaminas aos poucos isso pode se converter em problemas de saúde.
A falta de passeios e incentivos para o felino queimar energia são complicadores também. Ele tem uma personalidade independente e gosta de ter liberdade para transitar entre lugares diferentes - inclusive visitando o vizinho de vez em quando.
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Tratamento
O próprio tutor pode tentar reverter o quadro oferecendo carinho, atenção e ótimas condições de vivência para o pet. Mas isso talvez não seja suficiente. Há medicamentos no mercado para depressão em pets, alopáticos e homeopáticos - sempre receitados por médicos veterinários. Não se deve automedicar o bichinho sem recomendação de especialistas.
Adotar um outro felino também pode ser muito benéfico para um gato com depressão, já que teria companhia e com quem dividir os momentos em que estão sozinhos.
É possível prevenir?
A prevenção dessa doença é muito relativa e depende quase totalmente do comportamento do tutor e das condições oferecidas por ele ao animal. Um ambiente cheio de amor, calma e bem estruturado para receber o pet costuma ser suficiente. Mas tudo depende da personalidade dele, alguns gostam mais de afagos outros preferem só estar por perto e ter liberdade.
Dê sempre refeições com alimentos saudáveis e próprios para bichanos, de forma a garantir a saúde dele. Brinque com ele pelo menos durante meia hora diariamente. E mantenha uma rotina já pré-determinada para o pet se adaptar. Todos esses fatores evitam um gato com depressão.