Assim como os humanos, cães também podem desenvolver complicações na coluna vertebral e sentir dores intensos. Porém, às vezes, eles expressam esse incômodo de variadas maneiras e nem sempre é fácil identificá-lo. Para isso, é preciso entender alguns sinais de que o pet não está bem e tentar agir o mais rápido possível para não haver uma evolução do problema.
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A lesão na coluna vertebral é também chamada de discopatia, ou seja, quando os discos das vértebras não funcionam mais corretamente e passam por uma falha, o que é, ainda, uma hérnia de disco. Mas a boa notícia é que apesar de ter consequências graves, há maneiras de evtiá-las e formas de tratamento bastante eficazes.
O que é uma discopatia
Como explicado anteriormente, é uma falha na estrutura óssea da coluna. A função dos discos entre as vértebras é impedir o contato entre elas, sendo por fora cheios de fibras e com interior gelatinoso e sua degeneração causa atrito entre as partes.
Toda a estrutura vertebral forma a chamada medula espinhal, responsável pelo equilíbrio do pet, além de permiti-lo andar e movimentar-se de forma flexível. Portanto, se ocorre choque entre as vértebras, desestabiliza todo o resto, prejudicando a locomoção do animal.
Dois podem ser motivos da discopatia: o cachorro sofreu alguma queda ou trauma na coluna , assim como o envelhecimento pode levar a certas dificuldades e falhas motoras. Essa condição é conhecida, inclusive, por provocar paralisia e impedir o cãozinho de andar.
Além disso, há predisposição genética para alguns cachorros desenvolverem esse problema de saúde. É muito mais comum naqueles acima de cinco anos de idade, pelo desgaste natural dos discos ao longo do tempo e gera mudanças no sistema neurológico do animal.
Sinais de problemas na coluna
Normalmente o pet sente uma dor intensa e aguda, o que reflete em outras consequências. Dependendo do nível do incômodo, é comum ter mais dificuldade de se mover aos poucos e até chegar ao nível de não consegui sair do lugar com as próprias pernas.
É comum ele ficar mais apático e desanimado devido ao incômodo, além de ficar com o pescoço rígido e os ombros baixos e a postura torta. Vai relutar muito ao ter de caminhar. As orelhas ficam para baixo ou para trás, em uma típica demonstração de dor.
Gradualmente ele vai perdendo as funções neurológicas e também deixa de controlar ações, antes, voluntárias, como fazer xixi e cocô. O movimento peristáltico para de funcionar e tudo que é ingerido acaba passando direto pelo intestino, sem a digestão correta. Por isso, a incontinência urinária e fecal é outra complicação causada pela lesão na coluna vertebral.
Outra complicação causada pela alteração no sistema nervoso é a redução da sensibilidade e do tato do cachorro. Pouco a pouco sente com menos intensidade o que toca, sinal bem perigoso, afinal, ele pode se queimar ou sofrer alguma fratura sem perceber. Ou seja, exige atenção constante do tutor para garantir que esteja sempre bem.
Diagnóstico
É claro que o único que a indicar o diagnóstico é o veterinário. Mesmo se o pet apresentar esses sintomas, leve-o à clínica mais próxima para confirmar a suspeita por meio de exames médicos .
Depois de avaliado visualmente e tocado pelo profissional tem de passar por testes de imagem e de contraste, como raio-X da coluna e da medula espinhal, sendo esta última a mielografia. Além disso, é importante tirar uma tomografia da região e fazer uma ressonância magnética. Pode ser feita também a coleta de amostras do líquido da medula.
Meu cão tem hérnia de disco, e agora?
Se o pet foi diagnosticado com o problema é hora de seguir as indicações do veterinário. Existem variados tipos de tratamento para a discopatia, seja por meio de fisioterapia, medicamentos para aliviar a dor e até intervenção cirúrgica dependendo da gravidade. Esta última é mais arriscada, mas pode ser a melhor saída para o pet recobrar as funções da medula óssea, retirando a hérnia.
O repouso e a imobilização do bichinho podem ser as melhores soluções se o quadro não é tão sério. Se isso for feito logo no início do aparecimento dos sinais, junto com a ação de corticoides, a recuperação tende a ser mais rápida.
A fisioterapia veterinária ajuda a fortalecer a musculatura do animal e garante um realinhamento da coluna, em alguns estágios. Do mesmo jeito exercícios físicos comuns são positivos e aumentam a resistência do corpo.
A acupuntura é uma alternativa (ou um complemento) ao uso de certos medicamentos no combate à dor e melhora a saúde do pet de forma geral.
Raças com mais propensão à discopatia
Algumas raças têm predisposição genética ou estrutura mais propensa a desenvolver problemas na coluna. As pernas curtinhas e as costas muito longa provoca dificuldade de sustenção e ao envelhecer o cãozinho já tem dificuldade de descer escadas, por exemplo. Mas cães de grande porte também podem desenvolver a hérnia de disco. Dentre elas estão:
- Basset Hound
- Dachshund
- Dobermann
- Lhasa Apso
- Beagle
- Shih Tzu
- Corgi
- Pequinês
Gato tem hérnia de disco?
Apesar do problema ser bastante raro em felinos, pode acometê-los e de uma forma bem agravada. A causa normalmente é uma infecção ou algum tumor na coluna vertebral. O diagnóstico é realizado com raio-X e deve ser feito o mais rápido possível para evitar uma complicação na doença.
Não deixe de observar seu pet sempre e perceber quando ele dá sinais diferentes e muda o comportamento. Quanto mais cedo uma doença é descoberta mais rápido e eficaz será o tratamento. Além, é claro, de levar o bichinho pelo menos a cada três meses no veterinário para um check-up geral.