Soltar fogos de artifício
, infelizmente, é uma forma de comemoração utilizada por muitos brasileiros. Finais de campeonatos de futebol, noite de Natal e virada de ano são dias comuns de se escutar os barulhos que deixam muitos donos de animais de estimação
preocupados, pois os bichinhos costumam ficar apavorados.
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O adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário da ComportPet, explica que os cães entram em um estado de estresse intenso com o som alto dos fogos, ficando desesperados e podendo tentar fugir por janelas, sacadas ou portões, o que coloca a segurança deles em risco. Sem contar que o estresse elevado pode causar complicações de saúde, por exemplo, uma parada cardíaca em casos mais extremos .
Como impedir que os fogos sejam soltos é muito difícil, o ideal é acostumar os pets com o barulho e saber lidar com a situação. “Nessas horas, nem todos sabem como agir para tentar acalmar os bichinhos e, por falta de informação, podem acabar até mesmo agravando o estresse do animal”, afirma Cleber.
A principal forma de proteger o cachorro dos fogos é condicionar ele ao som alto diariamente, cerca de um mês antes das festas. Uma boa estratégia é fazer com que o cão se alimente ouvindo o som de fogos. Assim, ele irá associar o ruído a uma coisa positiva e com o tempo o estresse causado será cada vez menor.
“Esse treinamento pode ser feito em casos de filhotes e de animais que não apresente um nível de estresse tão alto com o barulho. Toda vez que o dono ligar o som, ele ganhará comida. Essas associações tornam mais fácil fazer com que o cão perca o medo do barulho”, explica o adestrador.
Outro ponto importante é que deixar o animal sozinho em casa nos momentos em que o barulho dos fogos tende a ser mais intenso, não é recomendável. “Quando o cão fica com muito medo, pode entrar em pânico e tentar fugir. Caso o tutor precise se ausentar, o ideal é recorrer a um hotel para cães, que tenha uma equipe especializada para dar suporte aos animais”, recomenda.