As cacatuas são aves silvestres que vivem bem em espaços domésticos
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As cacatuas são aves silvestres que vivem bem em espaços domésticos


Já pensou em ter uma ave como  animal de estimação ? Além de serem super amigáveis, elas são boas companhias para quem quer um bichinho mas não tem tempo de levá-lo para passear,  como o s cães, ou tem alergia, como pode ocorrer com gatos.  

Se você pensa em ter um pássaro de estimação, a única maneira de tê-los legalmente é adquirindo em um criadouro ou loja especializada e autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). Desta forma você não favore o comércio ilegal de animais e de espécies em extinção. 





"Lembre-se, nunca retire uma ave da natureza para tê-la como animal de estimação. Procure sempre um local confiável para sua aquisição”, diz o veterinário especializado em animais silvestres, Carlos Moraes. Em entrevista ao Canal do Pet, o especialista tirou algumas dúvidas que você pode ter antes de comprar ou adotar o bichinho. Confira.

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Espaço 


Se você pensa em ter uma ave dessas, é necessário muita pesquisa antes. Isso evita frustrações futuras e até mesmo a necessidade de doação ou abandono por parte do criador. Detalhe, quando abandonamos um animal exótico na natureza ele por não fazer parte da nossa fauna, isso desequilibra o meio ambiente. 

As aves exóticas (aquelas que não fazem parte da fauna brasileira) costumam ser as preferidas dos criadores. As mais populares são o canário-belga, o periquito-australiano, cacatua e a calopsita. 


Em relação ao espaço, o especialista explica que varia de acordo com o tamanho da ave. “Um canário-belga, por exemplo, demanda um ambiente menor em comparação ao espaço de uma cacatua. A dica é, seja qual for a ave que você tenha, seja empático. Você seria feliz vivendo naquele ‘apartamento’ que sua ave tem?”, explica. 


Outra forma de se criar esses animais é em ambiente aberto. Para isso é necessário manter corretamente e em dia o corte da asa, feito por um veterinário, para que ele não escape. 


“O animal domesticado não consegue sobreviver na natureza, devido a sua humanização. Outro fator importante para ressaltar é que o corte da asa serve para que o animal não levante voo a uma altura muito alta. A dica é que a ave deve voar a uma altura razoavelmente baixa e sem cair no chão, o que evita as lesões em musculatura do peitoral ou quebra do bico, que são comuns nos atendimentos no consultório”, acrescenta. 


Se a ave não for criada ao ar livre, a limpeza do recinto onde ela vive deve (gaiola ou viveiro) deve ser feita diariamente. Pelo menos uma boa faxina uma vez por semana, que consiste em retirar a ave do local e limpar poleiros, grades, chão ou fundo de gaiola. Para isso, pode utilizar produtos específicos para desinfecção e aguardar o tempo de secagem para retornar com a ave ao local.


Alimentação 


Assim como o espaço, a alimentação das aves varia de acordo com cada espécie. Já existe rações disponíveis em lojas especializadas. É como ração para cães e gatos (em bolinhas), porém de tamanho específico para cada espécie. 


“Sementes também devem ser fornecidas dependendo do pássaro e evite as vendidas a granel devido ao risco de fungo nos grãos que pode ser letal para as aves. E no caso de corujas e gaviões, a alimentação é feita a base de carne, já que são espécies carnívoras”, diz Moraes. 


Comportamento e cuidados veterinários


Não existe uma regra geral em relação a aves. Algumas são bem falantes e barulhentas, outras cantam o dia inteiro, outras são mais reclusas e quietas.  São tantas as espécies, que é necessário o entendimento de cada uma delas. Por isso antes de decidir por uma espécie é importante pesquisar sobre seu comportamento.

A orientação é que você leve a ave a cada seis meses para o veterinário. Um pássaro bem cuidado, pode viver até os 80 anos. “Você precisa ter consciência que ela não sobreviverá sem a sua ajuda, por tanto, todo o cuidado para cada ave é especial e elas dependem unicamente e exclusivamente do seu tutor", encerra. 

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