Embora seja um pet consideravelmente popular no Brasil, os cuidados com os gatos ainda são pouco conhecidos pelos tutores. Muitos idealizam que o felino é um animal extremamente independente e que, por demorar a apresentar sintomas quando algo não está bem, não precisa de tantos cuidados médicos. Mas, a verdade é que os gatos têm suas peculiaridades e um perfil totalmente diferente de um cão, por exemplo.

Eles costumam ter mais medo da ida ao veterinário e o ambiente do consultório pode ajudar muito nesse fator. Pensando nisso, a equipe da ROYAL CANIN está promovendo a campanha "Meu Gato no Vet", para conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde preventiva dos felinos. A médica veterinária Natália Lopes, dá algumas dicas de como podemos tornar o momento de ida do bichinho ao especialista menos traumático. Confira.

As consultas periódicas ajudam a diagnosticar problemas como a Doença Crônica Renal
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As consultas periódicas ajudam a diagnosticar problemas como a Doença Crônica Renal


Clínicas pet friendly.

Diversas boas clínicas e hospitais veterinários em todo o país prestam atendimento tanto para cães como para gatos. Não é incomum que as duas espécies coexistam no mesmo ambiente, como a sala de espera da clínica, ou mesmo que um gato entre para uma consulta logo após o médico veterinário ter atendido um cão. Esse tipo de situação, seja pelo contato visual ou o cheiro de uma outra espécie, pode gerar desconforto para o felino.

A dificuldade e estresse do gato por conta do ambiente acaba influenciando, muitas vezes, o tutor a postergar check-ups preventivos. Uma pesquisa mundial da ROYAL CANIN revelou que 66% dos tutores de gatos agendariam consultas com mais frequência se a experiência na clínica veterinária fosse mais agradável para o animal. Além disso, 31% dos respondentes disseram ficar tensos ao planejar uma visita ao veterinário e 22% adiaram uma visita para evitar o estresse de seu gato.

É preciso levar o gato ao veterinário com regularidade
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É preciso levar o gato ao veterinário com regularidade

Para mudar esse quadro Natália recomenda que para evitar esse problema, o primeiro passo é procurar por uma clínica com o selo "Cat Friendly Practice". Isso pode melhorar ambas as experiências: do tutor e do gato. Abaixo, alguns tópicos que mostram como elas devem ser caracterizadas:

  • Equipe atualizada com conhecimento específico sobre felinos, sabendo identificar a "linguagem" do gato e manipulá-lo de forma a minimizar o stress.
  • Oferecer informações para o humano sobre cuidados com saúde, comportamento e ambiente, inclusive como minimizar o estresse nas viagens de carro e consultas.
  • Sala de espera sem cães, de preferência com separações para um gato não ter contato com outro e um local acima do nível do chão para colocar a caixa de transporte e o gato se sentir mais seguro.
  • Ambiente limpo e higiênico que minimize o impacto negativo de luzes, odores e barulhos.
  • Interação com o mínimo de contato (inclusive visual) com outros gatos, longe e de preferência, separada de cães.

Para encontrar clínicas que já contam com o selo "Cat Friendly Practice",  acesse aqui.

Entenda o seu gato

Ter o respaldo de um médico veterinário é essencial, mas, um bom tutor também procura entender melhor sobre o seu pet. Saber como é o melhor jeito de lidar com o felino, que vai desde a preparação do ambiente, métodos de adestramento, além de compreender a importância da saúde preventiva para uma espécie que demora a apresentar sintomas, gera inúmeros benefícios – tanto para a saúde do animal como para a satisfação e confiança do tutor.

Preparar veterinários e sua equipe

O conceito "Cat Friendly" significa entender as situações e o ambiente através do ponto de vista do gato. Além disso, também é ser gentil, amigável e oferecer um atendimento adaptado às necessidades dos felinos nas clínicas veterinárias, entendendo suas especificidades. Esta prática envolve adaptações na sala de espera, consultório e áreas de internação, além de preparação e treinamento da equipe veterinária e de apoio, como recepcionistas, por exemplo.

É papel do time manusear o animal com cuidado, a fim de minimizar sua ansiedade e estresse, assim como oferecer orientações para o tutor sobre melhores práticas para levar o bichano até a clínica da forma mais confortável possível. 

Para quem é pai de pet pela primeira vez

As visitas periódicas ao médico veterinário são importantes para o plano de saúde específico do gato. Ao adotar um gatinho, a primeira coisa a se fazer é levá-lo à uma clínica veterinária para exame de rotina. O profissional avaliará tópicos como nutrição, estilo de vida, enriquecimento social e ambiental, prevenção de doenças e parasitas e comportamento. Uma vez que o animal se sente seguro no ambiente, fica mais fácil realizar todos os exames e evitar possíveis alterações nos resultados, além de acostumá-lo com o ambiente desde cedo.

Cuidados estritamente de tutores

A caixa de transporte deve fazer parte da mobília da casa
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A caixa de transporte deve fazer parte da mobília da casa

Na ida ao veterinário, o tutor tem que se certificar que o gato esteja sendo transportado em uma caixinha de transporte própria, confortável, com boa ventilação e do tamanho ideal para ele. Para tirar um pouco do medo do gatinho em relação a esse tipo de locomoção, você pode borrifar um pouco de ferormônio felino sintético na manta que ficará lá dentro pelo menos 30 minutos antes de sair de casa.

Durante todo o trajeto, que deve ser calmo, o animal deverá ficar lá dentro, sem muito contato com outros animais de estimação. Uma boa ideia, é levar um pano para cobrir a caixinha enquanto o felino estiver na clínica, assim evitará que ele veja outros bichos e se estresse.

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