O cruzamento de animais é um assunto que gera muitas dúvidas entre os donos, já que muitos não sabem qual a melhor forma de proceder. Alguns proprietários preferem a castração, para evitar a procriação indevida. Outros já preferem que o cruzamento aconteça, garantindo o nascimento de vários filhotinhos.
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No entanto, uma série de detalhes precisam ser levados em consideração pelos donos para realizar do cruzamento de animais . Atenção redobrada impedirá complicações que podem afetar tanto os pets como seus donos. Primeiramente, tenha em mente que vários filhotes virão de uma vez, e é necessário espaço e tempo para cuidar deles, já que, em muitos casos, há quem abandone os animaizinhos por não ter condições de acolhê-los.
Portanto, caso você não tenha condições de cuidar da ninhada toda, evite o cruzamento e castre seu animal, impedindo que ele dê cria ou saiba antecipadamente qual destino terá os filhotes. Jamais abandone um animal, então se você optar pela doação, garanta que eles serão amados e bem cuidados por alguém de confiança.
Existe uma série de particularidades dependendo do animal que você possui. Eles devem ser estudadas antes de tomar a decisão, pois a falta de conhecimento pode resultar em pets com anomalias genéticas das mais diversas, incluindo problemas neurológicos e físicos. Pensando nisso, saiba como realizar corretamente o cruzamente, independente se você tenha cão ou gato, garantindo a saúde do seu bichinho de estimação e das suas crias.
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Cruza de cachorros
Para que o acasalamento dos cães aconteça, primeiro precisa considerar o porte e a raça dos animais. Os cães devem ser da mesma raça, o macho do casal deve ser de tamanho igual, muito similar ou até menor que o da fêmea. Se o macho for muito maior que a fêmea, isso pode gerar problemas na gestação, podendo levar até ao óbito.
Não se esqueça de de avaliar a saúde de ambos, pois nenhum deve ter doenças ou saúde debilitada. Tente cruzar seu animal com outro que ele já conheça, pois, muitas cadelas tendem a rejeitar machos desconhecidos na hora do acasalamento. Escolher cachorros de temperamento mais calmo e dócil pode ser uma boa opção, já que, em muitos casos, uma fêmea muito agressiva pode machucar seriamente o seu parceiro.
Na hora de escolher um local para o acasalamento, prefira o espaço de vivência do macho, e, de preferência, longe de onde vive a cadela. O cio atrai uma série de candidatos à cruza, e o cão deve estar em um lugar onde o território seja só seu. Caso isso não seja possível acontecer, leve os cães a um local novo pelo menos uma semana antes da cruza. Isso será suficiente para ele marcar seu território e se sentir a vontade no ambiente.
Além disso, fique atento e respeito o tempo certo de cada cão para acasalar. Os machos podem iniciar as atividades a partir do 18º mês de vida, enquanto o indicado para as cadelas é que a cruza ocorra somente após o seu terceiro cio.
O período do cio é quando sabemos que a cadela está disposivel para o cruzamento. Durante uma média de 15 dias, é geralmente por volta do oitavo dia de ciclo que a fêmea passa a aceitar os machos. A partir desse dia pode acontecer o acasalamento até o fim do ciclo, antes que ela passe a rejeitar os machos novamente.
O décimo dia é o mais propício para que a fertilização dê certo, pois na maioria das vezes, é quando ocorre a ovulação da cadela. Se a cruza for feita com mais de um macho, há a possibilidade de que a cadelinha tenha filhos de pais diferentes.
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É recomendado que o casal permaneça junto por cerca de dois dias, para que o dono consiga saber em que dia aconteceu a fecundação e prever quando os filhotes irão nascer, o que acontece em cerca de dois meses.
Cruza de gatos
Assim como é feito com os cães, recomenda-se dar atenção à raça, tamanho, saúde para que não tenha complicações na hora da gestação e no parte, assim como no desenvolvimento dos filhotes. Gatas obesas e debilitadas não devem não devem cruzar, pois durante a gestação nenhum tipo de medicamento, como vacinas e vermífugos deve ser administrado ao animal.
Fique atento ao cio das felinas, para saber exatamente quando elas podem cruzar. Porém, diferente das cadelas, as gatas não têm sangramentos durante os seus ciclos e, para que a identificação deste período seja possível, elas apresentam uma série de comportamentos bastante característicos e nada discretos.
Geralmente, é por volta dos dez meses de vida que aparecem os primeiros sinais de maturidade sexual. Entretanto, não é recomendado o acasalamento antes de completar um ano de vida ou tenham passado pelo seu terceiro cio. Durando entre 4 e 7 dias, o cio das gatas ocorre em função de uma série de fatores (incluindo clima, raça e até comprimento da pelagem), e é a época ideal para que ela seja fertilizada.
Observe se sua gata anda se arrastando no chão, se esfregando em móveis da casa, ronronando demais e miando mais alto que de costume, pois são indícios de que ela está no cio. Então, aproveite esse momento para realizar o cruzamento, já que, embora outro ciclo vá ocorrer em cerca de vinte dias, o período para o acasalar é consideravelmente curto.
Com os machos, a maturidade sexual ocorre por volta dos doze meses de vida e apresentam comportamentos característicos quando sentem a presença de uma fêmea no cio por perto. A liberação de jatos de urina com odor forte é a principal maneira que os bichanos têm para marcar território.
Eles são atraídos pelo alto miado e o odor forte que as fêmeas liberam para indicar a disponibilidade sexual. Isso faz com que muitos gatos acabem se aglomerando próximos ao local onde fica a gata. Pode ocorrer batalhas entre os machos para que o mais forte e viril acasale com a fêmea.
As felina só irão aceitar as investidas dos gatos se estiverem prontas para o cruzamento e, quando isso ocorre, as felinas demonstram sua disponibilidade com clareza: deitando-se com a traseira levantada e a cauda de lado. Por incrível que pareça, a ovulação das gatas só se dá a partir do coito e, por isso, muitas tentativas podem ser necessárias para que a fecundação ocorra.
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Cruza de animais consanguíneos
É extremamente importante vitar o acasalamento entre bichos com algum tipo de parentesco, para que não ocorra complicações na gestação. Assim como no caso dos seres humanos, a geração de filhos de animais consanguíneos pode resultar em filhotes com mutações genéticas gravíssimas, incluindo o surgimento de diversos problemas físicos e neurológicos.
Filhotes com ausência de órgãos, a falta de partes do corpo, a malformação de membros e deformações são apenas algumas das possibilidades que podem ocorrer em cruzamento consaguíneos. Portanto, caso você possua diversos pets que não foram castrados em sua casa e tenham gêneros diferentes, fique esperto, pois o cruzamento de animais ocorre independente ao parentesco quando envolve instinto sexual.