Toda vez que chega o verão, o assunto "entrar em forma" é o mais citado e comentado em todos os meios de comunicação e também nas redes sociais. É quando aparecem dietas mágicas da "lua minguante", do "sol estrelado do Norte", da "flor de abacaxi", e muitos correm atrás do sonhado corpo perfeito para exibir nas praias tropicais, deixando de lado a má alimentação.
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É comprovado e sabido por (quase) todos que o "entrar em forma" está diretamente ligado ao estilo de vida das pessoas, aos hábitos alimentares (que não incluem uma má alimentação ) e à prática de atividades físicas regulares.
Com os amigos de quatro patas não é diferente, os hábitos diários determinam a saúde do cão e, muitas vezes, a qualidade e expectativa de vida desses bichinhos . Estudos indicam que a obesidade reduz, em média, 2 anos da vida de um cão.
Patologias causadas pela má alimentação
Quando o cachorro não possui uma alimentação com os nutrientes necessários e na medida certa, algumas doenças podem aparecer. Entre elas estão a obesidade e algumas patologias crônicas, como doença renal, dermatites, diabetes e tumores.
Outras três doenças bastante comuns, associadas à má alimentação são a alergia alimentar, a doença celíaca e a gastrite. A primeira, pode ser causada por aditivos, conservantes e substâncias químicas usadas em rações industrializadas. Alguns cães podem ter sérias reações alérgicas, resultando em coceiras, descamação da pele, ferimentos e lesões causados pelas unhas ao coçar constantemente.
Como nos humanos, a doença celíaca afeta diretamente o intestino delgado, sendo o glúten seu principal vilão. O glúten é encontrado no trigo, cevada, centeio e aveia e causa prisão de ventre, irritação na pele, perda de apetite, diarreia, entre outros sintomas.
A gastrite, menos comum, mas que causa graves distúrbios no pet é a Inflamação do esôfago, resultado da ingestão de ossos cozidos. Os principais sintomas são perda de apetite, diarreia, perda de peso, apatia e dor abdominal aguda. Esses sintomas podem ser confundidos com várias outras doenças, por isso a consulta ao veterinário é essencial para o correto diagnóstico.
As patologias são mais comuns em algumas raças
A PetNut conversou com a Dra. Mayara Camuri Teixeira Lopes, Médica Veterinária, Mestre em Clínicas Veterinárias e Consultora em Nutrição, que explicou que algumas raças estão mais predispostas a alguns tipos de patologias. Os Labradores, por exemplo, são mais predispostos a obesidade, como a Daisy (foto), recuperada pela associação Forgotten Pet Advocates.
O Golden Retriever é uma raça que costuma apresentar câncer, o Shih-tzu tende a apresentar doença renal crônica e alergias alimentares e as raças com maior predisposição o desenvolvimento da diabetes são Poodle, Schnauzer e Terriers.
A melhor alimentação para o pet
Mas, essa predisposição não é razão para pânico, já que boa parte dos problemas é causada pelos maus hábitos dos pets e seus tutores, principalmente quando o assunto é a alimentação. Por isso, os cães saudáveis ou que apresentam alguma patologia, se beneficiariam muito com uma alimentação natural (AN).
Minimamente processada, biologicamente apropriada e composta por ingredientes de alto valor nutricional, a Alimentação Natural (AN) possibilita que nutrientes e vitaminas sejam absorvidos pelo organismo em maior quantidade, melhorando o sistema imune do pet e prevenindo o surgimento de infecções e doenças.
Além disso, a alimentação natural tem 70% de umidade, isso ajuda a proteger o sistema urinário e renal. A AN é altamente palatável composta por alimentos frescos e da estação do ano, sendo ricos em nutrientes, livre de aditivos químicos, como conservantes, corantes, palatabilizantes e outros componentes artificiais que podem ser a fonte de patologias do animal.
Os benefícios da boa alimentação são percebidos com rapidez, o pelo do animal fica mais saudável, ele ganha mais energia... A Dra. Mayara explica ainda que “uma das maiores vantagens da alimentação natural é poder ser ajustada para cães que possuem mais de uma patologia, por exemplo doença renal crônica e alergia alimentar.", explica Dra. Mayara.
Formulando a dieta do cachorro
A veterinária nutróloga explica que a dieta de todos os animais deve ser sempre formulada sob a orientação de um médico veterinário ou zootecnista especializado na área.
Para formular uma dieta, é sempre levado em consideração o estilo de vida do animal, idade, porte, nível de atividade física e predisposições genéticas ou doenças crônicas presentes. Assim, a dieta ficará balanceada de acordo com a necessidade individual do cachorro. Nenhum ser vivo é exatamente igual a outro, portanto, cada cachorro é único e por isso suas necessidades alimentares sempre serão diferentes, mesmo se forem da mesma ninhada.
Analisando o estado geral do peludo e de suas necessidades, o profissional de Nutrologia vai averiguar, por exemplo, que cães com doença renal crônica devem receber uma dieta com menor teor de fósforo e a escolha da proteína deve atender ao grau da doença. Pode-se optar pelo consumo de coxa de frango, ao invés do peito, por exemplo.
"Para os pets com alergia alimentar com causa não diagnosticada, primeiro é importante fazer uma dieta de eliminação para identificar o que pode estar causando o quadro", analisa Dra. Mayara Lopes.
"Já para os pets mais gordinhos, a dieta deve conter carboidratos ricos em fibras e baixa carga glicêmica. A obesidade pode desencadear outros problemas graves de saúde", completa a nutróloga.
Dessa forma, eliminando a má alimentação da vida do animal e oferecendo uma dieta balanceada e específica, garante que ele tenha uma vida longa, seja feliz e saudável. Você pode iniciar a dieta adequada do seu cão clicando aqui .