A cada dia o ser humano está mais imerso em um monte de problemas da vida adulta e o número de pessoas diagnosticadas com crise de ansiedade tem aumentado. Em fevereiro deste ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou um dado assustador que aponta que o Brasil possui a população com maior prevalência de ansiedade no mundo. Aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica, seguido dos paraguaios (7,6%), noruegueses (7,4%), neozelandeses (7,3%) e australianos (7%).
A vida dos animais de estimação não poderia ser diferente. É muito comum a gente ouvir falar que o tutor não consegue sair de casa porque o cachorro sofre, chora, uiva, destrói os móveis , come o sofá e daí por diante e isso pode ser mais culpa do tutor do que do pobre animal. Já parou para pensar nisso? Esses podem ser sintomas de ansiedade nos animais.
Para dar um exemplo do que acontece aqui em casa, essa semana a minha cachorra (Vitória) comeu o sofá e até compartilhei o vídeo nas minhas redes sociais, que acabou viralizando, mas por trás disso por ter algo muito mais sério.
Desde que a resgatei em uma estrada de São Paulo , eu sempre a mantive comigo, por perto, dentro de casa, como um pai megaprotetor, porém hoje se eu estiver dentro de casa e ela para fora, no quintal, é um escândalo só. Sabe o motivo? Fui eu que a conduzi para ser assim desde sempre, então a culpa é minha.
Venho trabalhando agora essa dependência e, quando viajo, ela fica superbem, pois tem os outros irmãos e pessoas muito queridas que cuidam deles por mim. Então, pense comigo: qual é o grau de dependência que seu melhor amigo tem por você? É pouca, média ou muita?
Outros motivos de ansiedade podem ser o ambiente em que o bichinho vive, se tem espaço ou não, principalmente dentro de apartamentos , se tem outros animais para conviver, se o local é um ambiente agradável, se já passou por traumas complexos, solidão ou mesmo falta de atividade no dia a dia. Um cachorro acumula muita energia durante todo o dia , então é preciso gastar isso.
A ansiedade é uma doença séria que pode comprometer o bem-estar do cachorro, afetando os hormônios dele. Um estudo realizado pela Universidade de Helsinque, na Finlândia, analisou 14 mil cachorros e descobriu que esses animais apresentaram comportamentos relacionados a estresse, ansiedade e até mesmo algumas fobias.
As principais características de um animal que esteja sofrendo disso são:
- Perda ou ganho de peso;
- Mania de arranhar objetos;
- Vocalização e choro excessivo;
- Urinar fora do local de costume;
- Mudança de comportamento repentina;
- Hiperatividade;
- Lambedura excessiva;
- Alteração no apetite;
- Perda ou ganho de peso;
- Agressividade.
O processo para que ele se liberte dessa ansiedade é um pouco lento, mas é preciso agir logo antes que ele continue sofrendo e você seja impedido de realizar suas atividades. Vou te dar algumas dicas de como mudar esse quadro:
- Dedique no mínimo uma hora do seu dia para dar atenção a ele, mesmo que seja corrido. É importante que ele não se sinta excluído da sua vida;
- As brincadeiras são essenciais para que ele gaste a energia acumulada durante todo o dia;
- Deixe bastante brinquedos para ele ter atividade durante o dia (enriquecimento ambiental);
- Quando chegar em casa, faça ele se acalmar, depois você pode dar atenção;
- Não estimule atividades agitadas, nem fale mais alto quando ele estiver ansioso;
- Muito carinho e passeios e amor;
- E se ele ficar sozinho em casa, arrume uma companhia, um outro animalzinho.
É importante se lembrar que os nossos animais falam por meio de uma linguagem corporal, então é essencial que você observe tudo o que ele faz para poder ajuda-lo.
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