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Alexandre Rossi fala sobre a compulsão nos animais

Olá, amigos do Canal do Pet, tudo bem?

No texto de hoje, abordei um problema comportamental que pode atingir tanto cães quanto gatos, os mascotes mais comuns nos lares brasileiros.  Assim como ocorre com os seres humanos, os pets também podem apresentar comportamentos ditos “obsessivos”. A chamada compulsão se caracteriza por comportamentos repetitivos, sem motivo aparente e não vantajosos, que podem, inclusive, levar o animal de estimação a se ferir.

Os relatos mais comuns dos tutores são: o cão que se lambe excessivamente, até ferir partes do corpo como as patas, rabo, dorso; gato que arranca tufos do próprio pelo; aves que arrancam as penas; cão que persegue o próprio rabo ou a própria sombra. Mas como saber se determinado comportamento do amigo de estimação é, efetivamente, uma compulsão ?

Diagnóstico

Caso você desconfie que o animal está apresentando algum comportamento repetitivo, é preciso buscar ajuda de um médico veterinário. Esse profissional fará toda a avaliação necessária para descartar alguma doença como possível gatilho do problema. Isso porque um cão que começa a lamber as patas excessivamente, por exemplo, pode ter algum fator dermatológico que, se tratado, fará o comportamento cessar.

Se os exames clínicos descartem qualquer sinal de doença ou problema de saúde , precisam ser tomadas as medidas necessárias para o tratamento da parte comportamental. Lembrando que, para esses casos, sabemos que há predisposição genética envolvida, geralmente em razão de desequilíbrio químico de neurotransmissores do cérebro. Esse fator pode levar à necessidade de utilização de medicação, a ser prescrita pelo médico veterinário. Pesquisas recentes mencionam, inclusive, quais genes estariam envolvidos com determinadas compulsões.


O que fazer?

Muitas vezes, a “mania” surge por falta de atividades para um cão que tem bastante energia, por um estresse gerado pelo ambiente onde ele vive, ou mudança brusca na rotina.  Aliás, o estresse é um dos principais causadores de comportamentos compulsivos em animais já com a predisposição genética.

Assim, uma das medidas é sempre promover enriquecimento ambiental para o pet, ou seja, proporcionar atividades que ele possa se entreter bastante e que sejam adequadas às necessidades dele como espécie. Exemplo: cães são animais sociais, precisam de convívio com outros animais e com os humanos; gatos, são caçadores e escaladores por natureza  e precisam dar vazão a esses comportamentos. Nesse sentido, é também importante dar ao animal de estimação a oportunidade para extravasar a sua energia com atividades físicas, como longos passeios diários aos cães ou possibilidade de caçada ou escalada para os gatos. 

É preciso também verificar se o ambiente e o relacionamento do animal com o tutor está adequado para o comportamento da espécie. Cães muito ligados ao dono podem ficar bastante ansiosos ao serem deixados confinados por longos períodos de tempo, e esse fato pode deflagrar comportamentos compulsivos. Gatos submetidos a mudanças drásticas no ambiente em que vivem podem ficar bastante ansiosos e incomodados.

A ajuda de um profissional assim que se notar os primeiros sintomas de pode ser o diferencial para evitar que a compulsão tome proporções graves.

Um abraço,

Alexandre Rossi.

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