Patas que curam: como pets auxiliam pacientes em tratamento?
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Patas que curam: como pets auxiliam pacientes em tratamento?



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Alegria para as crianças, apoio emocional e social e até contribuir para a segurança doméstica: tutores sabem bem o impacto positivo dos animais de estimação no dia a dia. Porém, o impacto pode ir muito além do convencional.




A interação com cães e gatos pode reduzir o estresse, melhorar o humor e até fortalecer o sistema imunológico. Mas os benefícios vão além do cotidiano: os animais também podem ser aliados poderosos na recuperação de pacientes.

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De acordo com pesquisadores da Universidade de Saskatchewan, do Canadá, apenas dez minutos de interação com os animais é capaz de aliviar dor e trazer mudanças em casos de ansiedade e depressão.

Os benefícios da interação com pets vão do físico ao mental.
Chocolate possui substância tóxica para cães e gatos (Imagem: Ezzolo | Shutterstock)
Os benefícios da interação com pets vão do físico ao mental.



A presença de pets pode diminuir a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e triglicérides, além de estimular a produção de endorfina e serotonina, hormônios ligados ao bem-estar e ao alívio da dor, segundo estudos norte-americanos.

Zooterapia: o tratamento com ajuda de animais

A interação, chamada de zooterapia, é uma abordagem terapêutica utilizada como complemento em tratamentos médicos. Pacientes hospitalizados, pessoas com câncer e outros grupos podem se beneficiar da presença dos pets, que ajudam a desviar a atenção dos sintomas e efeitos colaterais dos tratamentos. 

A prática se divide em duas categorias:

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- Terapia Assistida por Animais (TAA):   tem caráter mais estruturado e terapêutico, sendo aplicada com objetivos específicos para reduzir dores e auxiliar no processo de recuperação, sempre com acompanhamento profissional. 

Para pacientes oncológicos, os pets ajudam a desviar a atenção dos efeitos colaterais dos remédios e quimioterapia.
Reprodução: Flipar
Para pacientes oncológicos, os pets ajudam a desviar a atenção dos efeitos colaterais dos remédios e quimioterapia.


- Atividade Assistida por Animais (AAA): enfoque recreativo, sem necessidade de diagnóstico ou acompanhamento clínico, funcionando como um momento de distração e conforto emocional para os pacientes.

Marina Meireles, médica comportamentalista do centro veterinário Nouvet, explica que é importante avaliar com o médico qual é a abordagem mais adequada: "Também é indispensável avaliar se o pet em questão está mesmo saudável e com as vacinas em dia, além de entender se a sua personalidade é compatível para essas situações.

Além disso, a especialista explica que a recuperação acompanhada por pets pode gerar melhorias na prática de atividades físicas, comunicação, memória e concentração. “Ter os pets presentes também pode estimular uma humanização do ambiente clínico ou hospitalar, distraindo os pacientes e revivendo um cotidiano familiar", avalia Marina.

Os pacientes beneficiados

Entre os públicos que mais se beneficiam da zooterapia estão crianças e idosos. No caso dos pequenos, enfrentar um tratamento médico pode ser especialmente difícil. Neste caso, o contato com os pets ajuda a reduzir o estresse hospitalar, melhora o humor e incentiva a comunicação e a paciência. 

O Brasil é o segundo país do mundo com mais cães, com 35,7 milhões.
Reprodução: Flipar
O Brasil é o segundo país do mundo com mais cães, com 35,7 milhões.


Para os idosos, os animais podem oferecer conforto emocional e reduzir o sentimento de solidão, além de estimular a memória e a prática de atividades físicas.

No Brasil, diversas instituições promovem atividades gratuitas de zooterapia em hospitais públicos e privados, proporcionando momentos de leveza e alegria para os pacientes. “Pets são uma ótima fonte de felicidade, diversão e amor e podem fazer toda a diferença na recuperação de crianças, adultos e idosos”, finaliza a veterinária do Nouvet.

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