O abandono traz sentimentos ruins para pessoas, mas também para os animais de estimação. A web se deparou com o relato de Carl , um cão de 6 anos, está passando por um momento difícil, com quadros depressivos , após ser devolvido ao abrigo de animais de Rock Island County, em Illinois nos Estados Unidos.
Depois de ser adotado em dezembro de 2022, Carl teve que retornar ao abrigo quando seus tutores perceberam que ele não se dava bem com os pequenos animais de estimação que já tinham em casa. Agora, ele luta para encontrar ânimo até mesmo para as atividades simples, como passear, devido ao estresse e à tristeza de perder o lar que tanto sonhava.
Em entrevista ao portal NewsWeek, Samantha Wiley, diretora do abrigo, explicou que Carl está com o coração partido. A vida em um abrigo movimentado já é desafiadora para qualquer cão, mas para Carl, que já enfrentou o medo e a ansiedade de estar em um abrigo, o retorno foi especialmente devastador.
Estudos mostram que os cães em abrigos têm níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode explicar o comportamento retraído de Carl desde que voltou.
A situação de Carl é ainda mais complicada, pois ele passou 20 meses alternando entre lares temporários e o abrigo. Shari Smiley, da QC Paws, relatou que Carl tem mostrado sinais claros de depressão desde seu retorno. "Carl está tão estressado e deprimido depois de voltar para o abrigo. Tentamos dar uma volta, e então ele congelou e não quis sair. É quase como se Carl soubesse que ainda não é dele para sempre."
Apesar dos esforços da equipe do abrigo para confortá-lo, com muitos abraços e tempo individual, Carl continua a lutar contra o estresse. Um estudo de 2018 da Applied Animal Behavior Science indica que até 15 minutos de carinho podem melhorar o bem-estar de um cão de abrigo, mas Carl precisa de mais do que isso: ele precisa de um lar definitivo e amoroso para recuperar sua alegria.
Smiley acredita que Carl, embora estressado, é um "menino super amoroso" que só precisa de uma amiga paciente para ajudá-lo a se adaptar novamente a um lar. No entanto, devido ao impacto emocional de sua experiência, Carl precisa ser o único cão da casa no início, até se sentir seguro o suficiente para aceitar a presença de outros animais.