A Pesquisa Radar Pet 2023 , realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), revelou alguns dados interessantes. O Sindan congrega 91 empresas responsáveis por cerca de 90% do mercado brasileiro de medicamentos veterinários.
Segundo os dados, com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2017/2018, o principal gasto de saúde das famílias brasileiras em relação ao segmento era o tratamento em clínicas, representando 48,84%. Em sequência, apareciam os investimentos destinados aos serviços de alimentação (39,53%) e higiene (11,63%).
Em 2023 houve uma variante na distribuição desses consumos. Os cuidados de saúde caíram para a segunda posição, representando, agora, 33,50% do orçamento . Ao mesmo tempo, as despesas com alimentação assumiram a liderança, totalizando 49,63%. Já a higiene representou apenas 16,87%.
"Essa mudança reflete não apenas a necessidade de adaptação dos orçamentos familiares, mas também a dinâmica em constante evolução das prioridades de consumo. A prioridade é alimentação e não mais levá-los ao veterinário", explica Gabriela Mura, diretora de Mercado do Sindan.
Papel do médico-veterinário mudou
Nos últimos anos, houve também uma transformação fundamental na relação entre os seres humanos e seus animais, o que também afetou a dinâmica com os médicos-veterinários.
Segundo a Pesquisa Radar Pet 2023, há uma década, esses especialistas eram predominantemente procurados quando cães e gatos apresentavam problemas de saúde ou comportamento, e a ênfase estava na cura. Os números mostram que 85% dos cães e 90% dos gatos eram levados ao profissional quando apresentavam algum problema relacionado à saúde.
Atualmente, a relação entre médicos-veterinários e tutores é mais abrangente e orientada para a prevenção, à medida que as pessoas buscam prolongar a vida de seus animais. Embora os médicos-veterinários ainda sejam referências para orientar em momentos de adversidade, eles não são mais a primeira e única fonte de informação.
Proporção de cães e gatos
Os dados também revelam um crescimento consistente na proporção de cães e gatos por habitante no período de 2019 a 2023. Em 2019, a média era de 0,277 cães por habitante e 0,124 gatos por habitante, e esses números progrediram gradualmente para 0,299 cães por habitante e 0,149 gatos por habitante em 2023. Esses indicadores culminam em uma estimativa de 61,1 milhões de cães e 30 milhões de gatos na população total.
As taxas de crescimento entre 2021 e 2023 refletem um notável aumento estimado de 5,2% na população canina e um significativo crescimento de 9,5% na população felina. Em um cenário de constante evolução no mercado de produtos e serviços para pets, a busca por excelência e bem-estar se destacam.
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