Cadeira de rodas para cães e gatos oferece mais autonomia aos pets

As cadeiras de rodas dão maior independência aos animais de estimação com necessidades especiais, contudo o uso tem algumas restrições e exigem total atenção do tutor para o pet que está no aparelho

As cadeiras devem ser produzidas única e exclusivamente para o animal que for utilizar
Foto: Reprodução/Instituto Luisa Mell
As cadeiras devem ser produzidas única e exclusivamente para o animal que for utilizar

É cada vez mais comum vermos cães e gatos utilizando cadeiras de rodas. O aparelho especial para pets dá mais independência aos animais para que possam se locomover e brincar com os tutores e outros bichos. Essas cadeiras auxiliam animais em recuperação ou mesmo pets que tenham perdido os movimentos permanentemente das patas.

Engana-se quem acredita que para oferecer uma boa cadeira para o pet necessitado seja algo muito além do poder aquisitivo da maioria das pessoas. Atualmente, muitas ONGs fazem  serviços sociais que ajudam tutores com menor renda a conseguirem adquirir a própria cadeir, ou até mesmo canais no YouTube ensinam a produzir em casa.

No entanto, fica o alerta: antes de optar fazer por si mesmo, é fundamental que se consulte um médico veterinário para saber exatamente quais são as necessidades do seu animal de estimação especial.

A médica veterinária Mayra Susenko afirma que o importante das cadeiras de rodas para pets é que elas devem ser adaptadas ao animal que vai usá-la, considerando tamanho de pernas, de tronco e as necessidades específicas. Além disso, o acompanhamento constante de um médico veterinário para verificar a saúde geral do animal e sua adaptação à cadeira é de extrema importância.

Como são feitas as cadeiras para cães?

Existe uma grande gama de materiais que podem ser usados na confecção de cadeiras de rodas para os cães, desde canos de PVC até impressões 3D. “O mais importante de todo o processo de fabricação da cadeirinha é que ela seja feita de acordo com as medidas e necessidades do pet, única e exclusivamente para ele, seguindo suas medidas corporais e as orientações veterinárias”, explica.

Medidas básicas para a cadeira especial

  • Das patas dianteiras até a traseira
  • Altura da pata (chão) até o ombro
  • Distância de um ombro ao outro

A adaptação é individual para cada animal e precisa acontecer aos poucos. Alguns minutinhos diariamente nos primeiros dias são essenciais para o pet entender e aprender a utilizar aquele aparelho em sua locomoção, até que ele se sinta completamente confortável, sempre respeitando os sinais de cansaço e a tolerância do animal.

Como a veterinária explica, cada cadeira é única, assim como cada pet é único. A diferença mais relevante referente às espécies é que os gatos são menos tolerantes às tiras e amarrações ao redor deles, por isso a cadeira para felinos tende a ter menos alças e amarrações.


Possíveis contraindicações

Foto: Reprodução/Instituto Luisa Mell
Existem cadeiras diferentes para necessidades diferentes

O equipamento pode não ser muito adequado para animais que apresentam quadros convulsivos, mas depende de caso para caso. “É importante salientar que um animal de cadeira de rodas necessita de supervisão, já que ele pode se empolgar e tentar subir degraus ou escadas e acabar capotando – algo que também pode acontecer quando eles se empolgam correndo atrás de outros amiguinhos. Cuidado é sempre importante”, alerta a veterinária.

A especialista diz que a cadeira deve ser usada apenas como suporte para o animal em momentos de passeio ou para fazer as necessidades. “O recomendado é que o pet passe no máximo 30 ou 40 minutos por dia na cadeira. Isso porque, apesar de ajudar a dar autonomia para o animal, a cadeira impede o pet de sentar ou deitar quando quiser descansar”.

Diferentes tipos de cadeira

Foto: Reprodução/Pixabay
As cadeiras também ajudam animais que não conseguem se sustentar em pé sozinhos por muito tempo

Atualmente existem diversos modelos de cadeiras de rodas para pets, das mais simples às mais estilosas. Existem cadeiras para os pets que perderam movimento dos membros anteriores (os bracinhos) e para os pets que perderam movimentos dos membros inferiores (os pezinhos). “Existem também os andadores para os pets que não perderam os movimentos das patas, mas tem dificuldades em se sustentar em pé sozinhos”, descreve Mayra.

Algumas cadeiras podem ser mais confortáveis do que outras e não necessariamente pelo seu custo ou origem dos materiais, mas pela capacidade de adaptação do pet. “Com os cuidados e as orientações adequadas, as cadeiras ‘não industriais’ podem sim ser boas aliadas dos pets cadeirantes”, completa.