Ansiedade em animais de estimação: saiba como identificar e tratá-la
Matilde Freitas
Ansiedade em animais de estimação: saiba como identificar e tratá-la

Cães e gatos também podem ficar ansiosos e necessitar de cuidados especiais

Os animais de estimação, assim como os humanos, podem passar por momentos de ansiedade. As mudanças na rotina de seus tutores mexem diretamente com eles, por isso, é preciso observá-los para identificar se precisam de ajuda.

“Se notar que seu pet está ofegante, com a cauda entre as pernas, tremores musculares, orelhas para trás, o ideal é tentar tranquilizá-lo com carícias, incentivos e conversas. Músicas relaxantes também podem ajudar nesse momento”, indica a veterinária Rammana Bello da Silva.

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Fique de olho nas mudanças da rotina

Caso perceba que o seu cachorro ou gato está tendo comportamentos que não são comuns, preste atenção e tente analisar o que mudou na rotina da casa que possa tê-lo afetado. “Deixamos os pets menos ansiosos, menos agitados, quando a rotina deles é mantida, quando o pet sabe o que vai acontecer, e suas necessidades são atendidas. Qualquer mudança em seu dia a dia aumenta a ansiedade e, assim, ele fica mais agitado”, explica a veterinária Caroline Mouco Moretti.

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Uso de medicamentos para ansiedade 

Alguns cães, por exemplo, quando se sentem ansiosos podem destruir objetos, urinar no lugar errado , latir excessivamente e ter, inclusive, reações agressivas. A melhor forma de ajudá-los nesse momento, é dando muito carinho e, se necessário, alguma medicação.

De acordo com as veterinárias, alguns medicamentos podem ajudar a lidar com a ansiedade dos animais, mas é preciso consultar um médico veterinário, pois existem profissionais especializados em comportamento animal.

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Como lidar com a ansiedade dos pets

As atividades físicas costumam ser muito benéficas tanto para a saúde física dos animais de estimação quanto para ajudá-los a lidar com a ansiedade. “Os treinos devem acompanhar a demanda energética de cada pet, ou seja, respeitando a individualidade. Temos raças de cães que são mais atléticas, outras nem tanto”, explica Rammana Silva.

“Os passeios para socialização com humanos e outros animais são essenciais para a saúde mental e ocupação do tempo ocioso, em média três vezes ao dia com intervalo de 10 a 15 minutos”, acrescenta a veterinária.

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Como acalmar o animal?

Interagir com o seu cachorro ou gato durante o dia e procurar formas de mantê-lo ocupado pode ser uma boa solução para acalmá-lo. “Chamando sua atenção para brincadeiras , carícias, incentivo positivo com petiscos naturais, frutas e verduras, reservar um local dentro do seu ambiente onde ele se sinta confiante e confortável”, lista Rammana Silva.

Ainda de acordo com a veterinária, também vale a pena apostar em “adestramento e comandos básicos para manter o pet centrado e obediente, músicas para promover o ambiente relaxante, além de socialização com outros humanos e pets, em parques e passeios externos”.

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Coloque as crianças na brincadeira

A veterinária Rammana Silva sugere aproveitar a presença das crianças em casa para ajudar a lidar com uma possível ansiedade dos animais. “É importante manter a rotina de exercícios e ocupar o tempo ocioso. O gasto de energia diário evita os comportamentos compulsivos e ansiedade. As crianças estão mais tempo em casa, então usar a criatividade para trabalhar os dois juntos seria a melhor maneira”, recomenda.

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Massagem para pets

O carinho é sempre uma excelente forma de acalmar os animais de estimação. A massagem, por exemplo, pode ser uma forma de acariciar e cuidar ao mesmo tempo. “Há especialistas em massagens em pets. Apesar de ser sempre bom ter conhecimento específico para praticá-las, cafunés e carinhos ajudam o pet a relaxar. Massagens específicas podem ajudar na prevenção de doenças, já que estamos estimulando a circulação e diminuindo o estresse”, explica a veterinária Caroline Moretti.

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Segundo a profissional, as massagens ajudam a normalizar a pressão e melhoram a saúde como um todo. Além disso, trazem a sensação de bem-estar e aliviam as tensões. “Portanto, não subestime nem o tempo de carinho com seu pet e nem o atendimento especializado”, recomenda Caroline Mouco Moretti. O carinho e a atenção com seu animal são fundamentais para perceber qualquer mudança de comportamento e para ajudá-lo a ficar bem.

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