Veterinária explica como agir em caso de engasgos de um gato
Vincent M.A. Janssen/Pexesl
Veterinária explica como agir em caso de engasgos de um gato

O engasgo para os animais de estimação pode ser bem preocupante. Ao encontrar o gato nessa condição, é importante que o tutor tenha calma e saiba como agir para evitar que complicações levem a consequências mais graves.

Por serem animais bem seletivos, os gatos não têm o hábito de comer qualquer coisa que encontram pelo caminho, porém, os engasgos podem acontecer com a própria alimentação, ao ingerir água, brinquedos, linhas ou bolas de pelo - é importante evitar brinquedos com peças soltas e/ou barbantes.

“Também existem algumas alterações respiratórias que podem ser confundidas com engasgos, então, sempre devemos lembrar que, ao notar qualquer sinal de engasgo ou tosse, buscar um médico veterinário é o mais indicado”, alerta a médica-veterinária Paloma Cleante Gonçalves, ao Canal do Pet . “Entretanto, conhecer um pouco mais sobre o tema pode ajudar no dia a dia ou até salvar uma vida.”

O que fazer em caso de engasgos

Manter a calma e observar bem o pet é importante para ajudá-lo
Reprodução/freepik
Manter a calma e observar bem o pet é importante para ajudá-lo

Para saber o que fazer no momento do engasgo ou tosse, é preciso entender quais são os sinais e sintomas que o gato está apresentando, só assim o tutor poderá realizar os primeiros socorros, se necessário.

“Quando falamos de engasgos por alimentação, brinquedos, linhas ou pelos, o principal sinal que vamos observar é a tentativa de expulsão da causa desse engasgo, então, o gato pode apresentar tosse e/ou a ‘mímica do vômito’, podendo também apresentar falta de ar, sede excessiva e/ou apatia”, explica a profissional da Petlove.

Paloma continua: “Nessas situações, a primeira coisa que precisamos fazer é manter a calma mesmo que pareça desesperador, depois vamos observar a garganta do pet para verificar se conseguimos identificar a presença de algum objeto que esteja obstruindo as vias respiratórias.”

Caso o objeto seja identificado, com cuidado, o tutor deve colocar uma das mãos na base do maxilar do gato e então fazer uma leve pressão, apenas o suficiente para abrir a boca. Se possível, peça ajuda de alguém próximo para que essa pessoa segure as patas do animal, evitando possíveis mordidas e arranhões.

"Depois da contenção, com a ajuda de uma lanterna e com muito cuidado, coloque a mão no objeto e retire com cuidado. Atenção, se for um material perfurocortante e estiver preso, não puxe! Leve o animal direto para um atendimento veterinário mais próximo, o mesmo deve ser feito caso não localize o objeto ou não consiga retirá-lo”, alerta a veterinária.

Outra dica importante para casos de engasgos é realizar a manobra de heimlich, como orienta Paloma. “A intenção dessa manobra é pressionar o diafragma para tentar expulsar o objeto que está causando uma obstrução das vias respiratórias”.

“Para realizar essa manobra, pegue o gato, segure com a cabeça para cima, as patinhas de trás para baixo e livres, também deixe o pescoço erguido fazendo com que ele [o gato] olhe para frente, depois apoie as costas dele contra seu tronco, coloque suas mãos abaixo da caixa torácica, pressione o pet em sua direção e para cima simultaneamente, repita a manobra de duas a três vezes e verifique se o objeto desalojou da via respiratória. Caso o objeto não se solte, repita a manobra no trajeto até o socorro veterinário”, explica a veterinária, acrescentando que a manobra é indicada somente para animais com peso abaixo de 13 kg.

Cuidado para não confundir

Além dos engasgos comuns, causados por obstrução das vias respiratórias, existem algumas patologias que podem causar tosse, dando a sensação de que o felino está engasgado.

“Os quadros de tosse em gatos podem ocorrer por alterações no pulmão, laringe ou na traqueia. Nesses casos, o ideal é procurar um médico-veterinário o mais rápido possível, para ser feita uma avaliação no pet e exames complementares”, diz a veterinária.

Algumas causas das tosses em gatos são:

  • Asma
  • Pneumonia bacteriana e/ou fúngica
  • Neoplasia pulmonar

“O tratamento e o tempo desse tratamento vai depender da gravidade, do estado geral do paciente e do tipo de alteração que ele apresenta”, pontua Paloma.

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