Por que os gatos "chutam"? Entenda este comportamento felino

Os gatos costumam 'abraçar' com as patas dianteiras e dar chutes com as patas traseiras. Esse comportamento pode ter diversas razões, entenda algumas delas

Gatos são acostumados a brincar com chutes, mas isso pode ser bem dolorido para o tutor
Foto: Reprodução/Pinterest
Gatos são acostumados a brincar com chutes, mas isso pode ser bem dolorido para o tutor

Todo tutor de gato sabe que certos comportamentos dos bichanos são bem comuns e fazem parte do charme de se ter um felino como pet, como o famoso “amassar do pãozinho” e os “bunny kicks” (chutes de coelho).

É relativamente comum que o tutor, enquanto está inocentemente acariciando a pancinha do bichano, acabe sendo agarrado pelas patas dianteiras do pet e chutado pelas traseiras, e podem rolar até umas boas mordidas.

Esse comportamento é instintivo e pode indicar que o pet está empolgado com a brincadeira, que está incomodado com algo, ou mesmo se sentindo ameaçado. Mesmo que a primeira hipótese seja a correta, a brincadeira pode ser bem dolorida, mas o tutor jamais deve reagir de forma agressiva contra o gato, ou isso poderá fazer com que a brincadeira passe para algo mais sério.

Apenas uma brincadeira

Na natureza, quando o pet nasce, ele tem o hábito de brincar com os outros filhotes na ninhada, e nessa brincadeira entre irmãos eles aprendem a controlar a força que usam, já que quando causam dores, o outro sai e a diversão acaba.

Quando o gatinho é separado prematuramente da mãe e dos irmãos, ele não terá esse aprendizado, por isso não saberá ao certo o quanto a própria força pode machucar e, mesmo em uma brincadeira inocente, pode causar dolorosos arranhões nas mãos e braços do tutor.

Quando isso acontece, o indicado é apenas retirar o braço quando ultrapassar o limite, o pet entenderá com o tempo de que ele foi um pouco longe demais e, por isso, a diversão acabou. Então aprenderá até onde pode ir.

Outra sugestão é oferecer brinquedos para os gatos, com ou sem catnip, para que ele possa gastar essa energia no brinquedo e não deixar as mãos que compram o sachê completamente arranhadas.

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Foto: Unsplash/Ferenc Horvath
Oferecer brinquedos e estímulos ao gato pode ajudar a resolver o problema

Entenda os limites do gato

Quando um gato está deitado todo “largado” com a barriga para cima, isso é um ótimo sinal, mostra que o pet se sente confortável e seguro no ambiente onde está – e com quem está, principalmente. Boa parte dos órgãos vitais dos gatos está na região da barriga/abdômen, que é a área mais vulnerável do bichano.

Mas essa confiança toda  não significa que ele está aberto a receber carinho por ali ou, mesmo que esteja, pode não estar a fim naquele momento. Por isso, ao chegar com a mão grande em direção à barriga do pet, ele poderá reagir dessa forma para afasta-la, ou ele mesmo se retirar do local.

Outro indício pode ser que o pet esteja sentindo alguma dor na região, por isso, caso note algo diferente no comportamento do animal, o tutor deve procurar um veterinário.

Instinto de defesa

Foto: shutterstock
Gatos podem ser agressivos por contato excessivo

Como dito anteriormente, a região da barriga é a mais vulnerável do gato (é a única parte do corpo que não é protegida por ossos) e é onde os predadores começaram a refeição em uma situação de caça. Por isso, os chutes servem como uma forma de afastar o predador, ou outro gato em uma briga, para que o felino possa sair daquela situação.

Caso o gatinho sempre reaja dessa forma, pode ser que ele esteja com medo, ou não tenha confiança o suficiente em quem estiver tentando acariciá-lo. Isso é comum em animais que já passaram por situações de maus-tratos e, portanto, não confiam tanto em algumas pessoas – ou em nenhuma delas.

Uma forma de identificar que o gato está se sentindo ameaçado, é observando a linguagem corporal  dele. Ter as orelhas encolhidas, olhos apertados e mostrando os dentes é um forte indício de que o felino está com medo. Forçar uma aproximação com o gato assim só irá piorar as coisas, deixe que ele se acalme e ganhe confiança.

Nessa situação, vale tentar uma aproximação lenta com o animal, mostrando que ele não corre nenhum tipo de perigo e que pode confiar. O uso de petiscos também pode ajudar muito nessa aproximação com o bichano. Em casos de dificuldade, o ideal é sempre procurar ajuda de um profissional.