A caminha cria senso de independência nos cães
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A caminha cria senso de independência nos cães

Alguns  cachorros têm caminhas próprias outros dormem na cama do tutor com ele. Há também aqueles que não dormem dentro de casa, mas do lado de fora, seja em uma casinha específica para ele ou não. Para entender qual a importância desses dois tipos de dormitórios, que têm relação com o desenvolvimento da independência dos animais, a médica veterinária Raquel Sillas , do MyPet Care,   informa que, da mesma maneira que nós gostamos de ter a nossa casa, os animais também preferem ter o espaço deles.



“Isso é muito importante para que eles sintam que têm uma independência. É claro que eles sentem a nossa casa como a casa deles também, mas é importante que eles tenham algo só deles. Se eles estão com vontade de descansar e nós ainda estamos acordados, eles podem entrar nesses espaços, se reservar e descansar no espaço deles, algo como o nosso quarto na casa, que é o nosso ambiente, nossa privacidade”, afirma.

A veterinária explica que a caminha é mais comum para espaços internos por ter uma forte questão com conforto, por ser fofinha, quente e manter o cheiro do animal. Já as casinhas são voltadas para os ambientes externos, pelas suas propriedades protetoras de condições temporais, como sol quente e chuva.

“Não é que não possa ter casinha dentro da casa, mas é mais interessante do lado de fora porque ela tem aquela cobertura. Ela vai resistir às condições climáticas: sol, chuva e muito vento", detalha.

A casinha é mais interessante do lado de fora por resistir a condições climáticas
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A casinha é mais interessante do lado de fora por resistir a condições climáticas



Caminhas
Como uma criança, é importante para o desenvolvimento do animal que ele tenha uma cama somente dele e que seja ensinado a usá-la. “Eu não critico a pessoa que permite que o animal durma com ela, na cama, mas é importante que ele tenha a caminha dele e que seja ensinado a dormir nela. Isso não significa que a pessoa ame menos o bichinho”, afirma Raquel.

Ela também comenta sobre o lugar mais adequado para a caminha do doguinho ficar, destacando que seria interessante não ficar no quarto do tutor, por uma questão de privacidade para os dois. “É bom que o animal tenha o espaço dele para ter um momento só dele”, diz.

Além disso, a médica explica que a caminha deve ficar longe do lugar onde o cão faz xixi e cocô. “Por causa do cheiro, da higiene, eles vão acabar não gostando de dormir ali. Eles têm noção dessa higiene. É igual a gente, temos o lugar de fazer as nossas necessidades, que é no banheiro, e o lugar de dormir”, avisa.

Ao mesmo tempo que é importante que o cão sinta que tem um espaço e objetos dele, é importante ensiná-lo a permitir que o dono se aproxime e pegue esses objetos, sem que ele ataque o tutor por isso.

“Vai ter um dia que o tutor vai precisar pegar para higienizar, para lavar e o cão não pode atacar por isso. É importante que ele tenha as coisas dele. Como uma criança, ele deve saber que é dele, que precisa cuidar daquilo. Se vier um outro cão na casa, de algum amigo do tutor, é saudável a questão territorial, do seu cão não deixar o outro deitar na caminha dele, mas o cão não deve morder ou arranhar o tutor quando ele se aproximar da casinha ou da caminha para higienizá-la”, diz a veterinária.

Quando há dois ou mais pets numa mesma casa, a veterinária alerta para as questões de disputas entre eles também.

“Em alguns casos, quando está frio principalmente, eles acabam dormindo juntos, abraçadinhos, mas é importante alertar para essa questão, principalmente, porque, algumas vezes, há um animal mais submisso que o outro que acaba dormindo no chão. Nesses casos, é interessante que cada um tenha a sua própria caminha, tanto gatos quanto cães.”

Para a limpeza das caminhas, a veterinária recomenda que o tutor dê preferência por comprar as que possuem zíper e podem ter a espuma interna retirada, para facilitar a lavagem.

“É fácil de lavar, como se fosse um travesseiro. Pode higienizar na máquina de lavar roupas mesmo. Pode ser lavado com água e sabão comum. E existem também alguns produtos, vendidos em petshops, que são como alvejantes e que você pode colocar um pouquinho na máquina para melhorar a qualidade da limpeza dessa caminha”, finaliza.

Casinhas
Com a mesma importância das caminhas, as casinhas precisam ser espaços protegidos e aconchegantes, para que os cães gostem de ficar nelas e ter os momentos de privacidade deles lá. Uma dica da veterinária é colocar algo embaixo, para que o cão não fique em contato direto com o chão frio. Deixar uma coberta pode ser útil também, principalmente para o período da noite e em lugares frios.

Veterinária alerta sobre cuidado com material da casinha do cão
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Veterinária alerta sobre cuidado com material da casinha do cão



Raquel explica a importância de escolher bem o material das casinhas, porque isso pode influenciar inclusive na saúde do cão.

“Casinha de madeira apenas se for tratada, porque a casinha de madeira comum pode acumular muitos ovos de pulgas e fazer com que o cão sempre se recontamine, mesmo usando antipulgas. As casinhas de plástico ou acrílico, que muitas vezes são desmontáveis, são mais fáceis para limpar e não oferecem esse risco alto de pulgas aos animais”, diz.

A veterinária conclui que a limpeza das casinhas de plástico pode ser feita com água e sabão comum também. Já as feitas de madeira comum — para quem ainda as têm — é necessário aplicar um spray antiparasitas, pulgas e carrapatos. Tanto a caminha quanto a casinha devem ser limpadas uma vez por semana como se fosse roupa de cama.

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