Uma clínica veterinária em Minas Gerais foi fechada nesta sexta-feira (22) após uma operação da Polícia Civil, em que os donos do lugar foram acusados de diversos crimes, entre eles congelar animais mortos. A clínica começou a ser investigada após uma denúncia de descarte irregular de lixo, em que materiais contaminados eram jogados fora de forma comum vez de serem descartadas como lixo hospitalar ou tóxico.
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A operação, chamada de “Arca de Noé”, aconteceu em Nova Lima, e apontou diversos problemas graves que aconteciam na clínica. Transfusões de sangue não autorizadas para venda de material, congelamento de animais mortos para cobrança de diárias de hospital, diagnósticos equivocados, medicamentos vencidos e mais.
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Um mandato de busca e apreensão foi emitido e cumprido na casa dos donos da clínica, ambos veterinários . De acordo com o delegado Bruno Tasca em entrevista ao Estado de Minas, o crime de estelionato era comum no local, já que os animais morriam, eram congelados, e os funcionários do estabelecimento demoravam dias para comunicar os donos, a fim de receber mais pela internação dos pets.
Outra prática comum na clínica era a de transfusões de sangue não autorizadas, em que o tutor levava o pet para tomar banho e lá os funcionários extraiam o sangue do animal para vender, tudo sem o consentimento e conhecimento do dono.
Mesmo com todas as irregularidades, a clínica passou por vistoria do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais, que não encontrou nenhum problema durante a visita. Em nota, o CRMV-MG diz que foram recebidas três denúncias e os inquéritos instaurados, mas que nenhum dos veterinários não estavam com os registros suspensos.
A esposa do dono da clínica está sendo procurada com um mandado de prisão preventiva, mas ainda não foi encontrada. Até agora foram recolhidos celulares e documentos dos envolvidos.