O trabalho de Ongs e protetores independentes de animais é de grande importância, resgatando muitos animais das ruas e de situações de maus-tratos diariamente. Uma vez resgatados, esses animais são encaminhados para adoção responsável.
No entanto, nem sempre esses pets chegam aos abrigos em boas condições de saúde e precisam de tratamento onerosos – ou, mesmo que em boas condições, não são escolhidos por adotantes e podem passar anos, até mesmo toda a vida, sob os cuidados dos abrigos.
É comum que as pessoas se sintam emocionadas ao verem histórias de animais que foram resgatados ou devolvidos aos abrigos e queiram ajudar, mas não tenham a condição de adotar um pet – seja pela falta de tempo, espaço, ou por já terem outros animais.
O que muitos não sabem é que a maioria das Ongs oferece a opção de apadrinhamento (como uma espécie de “adoção a distância”). Dessa forma, o padrinho ou madrinha poderá se tornar o responsável direto por um ou mais animais, ajudando a arcar com os custos desse pet mensalmente. O padrinho ainda receberá notícias regulares sobre seu “afilhado de quatro patas”.
O Canal do Pet conversou com as Ongs Catland, Pé de Chulé, Projeto CEL e Toca dos Bichos, que contam sobre a importância de se tornar um “padrinho de pet” e como esse método é importante para manter os trabalhos, além das doações convencionais – que ajudam a manter a manutenção da ong como um todo, além dos custos com alimentação e medicamento para os peludos.
“Toda ajuda é muito importante para mantermos os cuidados com os gatinhos e o funcionamento da ONG”, diz uma porta-voz da Catland. “Nós temos muitos gastos, pois quando o gatinho é resgatado ele passa por teste FIV/FeLV, castração e vacinas.”
“Nós temos muitos casos de gatinhos resgatados de situação de maus-tratos, o que aumenta nossos custos com diárias e procedimentos em hospital parceiro”, explica, acrescentando que cada vez que alguém se compromete em ajudar, “ajuda não somente os gatos que já estão sob os nossos cuidados, mas a promover novos resgates”.
Para a Ong Pé de Chulé, o apadrinhamento pet é especialmente importante, “pelo fato de terem muitos animais com características preteridas no momento da adoção: idosos, com deficiência, adultos, porte grande, pretos, entre outros... adoção fácil somente de bichinhos pequenos ou de raça, e assim não temos nenhum”, lamenta a instituição que, além de cães e gatos, tem foco em resgate de cavalos.
“O apadrinhamento nos ajuda a manter esse animal conosco, a salvo e em segurança no santuário, até que porventura seja adotado. Mas, infelizmente, alguns deles nunca serão”, explica a Ong.
Na Pé de Chulé, o valor do apadrinhamento é utilizado para ajudar a abater os custos com ração, vermífugos e antipulgas. “É um valor simbólico, somente para ajudar”, explica a representante.
“Tem muita gente que quer adotar um animalzinho e não pode”, diz a Toca dos Bichos. “Então nós oferecemos essa oportunidade de a pessoa ter um afilhadinho, para todo mês ela escolher o valor que quer mandar.”
“O apadrinhamento máximo é R$ 250 por mês, e com ele você consegue cobrir todos os gastos desse animal, com ração, vermífugo, vacinas anuais... mas se a pessoa quiser colaborar com R$ 30 ou R$ 50 ela preenche uma ficha com a gente e todo mês a gente manda um vídeo para ela”, explica.
Além de acompanhar seu afilhado pet online, o padrinho também pode ir visitá-lo pessoalmente no sítio da Toca dos Bichos , e até mesmo levar o animalzinho para um passeio de fim de semana. ”É uma maneira de a pessoa contribuir com o nosso abrigo sem precisar sem adotar um animal.”
“Os padrinhos fixos e as taxas de adoção não são o suficiente para pagar todas as desespesas”, lamenta a porta-voz do Projeto CEL . “Quando estão faltando de seis a oito dias para vencer o aluguel, nós fazemos uma campanha extra, dividindo esse valor entre 100 padrinhos, e aí a pessoa escolhe quantas cotas quer pagar, e é assim que conseguimos pagar o aluguel”, acrescenta.
Outros meios de ajudar
Além do apadrinhamento, há outras maneiras de ajudar as Ongs a se manterem funcionando, já que além dos gastos com os animais, existem muitos outros, como salário de funcionários, aluguéis, contas fixas mensais, entre outras.
As Ongs lamentam que os valores de doações por sites como o APOIA.se vêm diminuindo consideravelmente. “Esse é um dinheiro que a pessoa recebe pelo cartão de crédito ou boleto e pode colaborar com qualquer valor. Esse é o dinheiro que pagamos os funcionários e os aluguéis dos sítios”, diz a porta-voz da Toca dos Bichos.
“Nós estamos voltando com nossa campanha no Kickante, para ajudar a cuidar de nossos animais resgatados”, completa a representante do Projeto CEL.
Como ajudar? Links de campanhas para ajudar as ONGs. Veja abaixo!
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