Em cães acima de 7 anos, há uma incidência de 4% e, em um número alarmante de 80% em cães não castrados, segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Os felinos também podem sofrer com a doença, ainda que em menor escala se comparado aos cachorros.
Segundo Geovanne Pereira, especialista do centro veterinário Nouvet, as doenças prostáticas podem acometer cães de qualquer raça e porte. No entanto, ocorrem com maior frequência em cães sem raça definida (SRD), Poodles e Pastores Alemães.
Além de entender quais raças têm mais predisposição, é importante os tutores estarem atentos ao comportamento de seus pets e observarem qualquer mudança não habitual, a fim de identificar os sintomas.
“A maioria dos pets portadores da doença são assintomáticos, porém, quando presentes, os sintomas são relacionados ao trato urinário, como dificuldade ou dor ao urinar e presença de sangue na urina. Além disso, eles também podem apresentar prostração (tristeza), perda de apetite e dor ao serem tocados, por exemplo, ao pegá-los no colo”, explica o médico-veterinário.
Geovanne diz que é crucial a ida até um veterinário para confirmar o diagnóstico. Assim, os médicos terão como base o histórico clínico e os sintomas apresentados pelo pet, bem como pela avaliação física, onde se realiza a palpação prostática para avaliar o tamanho, a conformação e a presença de dor. A confirmação é feita com o ultrassom abdominal, que permite avaliar, além do tamanho do órgão, a presença de nódulos.
“O ideal é que cães com mais de cinco anos já realizem check-ups regulares, de preferência semestral ou anualmente. Os exames preventivos contam com amostras de sangue, exames de imagem e pela própria avaliação veterinária por meio da palpação”, complementa Anna Luiza Campos, médica-veterinária no Nouvet.